“Quero fazer uma declaração à imprensa brasileira.
E uma declaração ao País. Ressalto que só falo agora dos fatos de ontem porque tentei conhecer primeiramente o conteúdo de gravações que me citam. Solicitei oficialmente ao Supremo Tribunal Federal acesso a estes documentos.
Até o presente momento não consegui.
Quero deixar muito claro e dizer que meu governo viveu nesta semana seu melhor e pior momento. Os indicadores de queda da inflação, os números de retorno do crescimento da economia e dados de geração de emprego criaram esperança de dias melhores. Otimismo retornava e as reformas avançavam no Congresso Nacional.
Ontem, contudo, a revelação de conversas gravadas clandestinamente trouxe fantasmas de crise política de proporção ainda não dimensionada.
Todo o esforço pode se tornar inútil. Não podemos jogar no lixo a história de tanto trabalho.
Ouvi realmente o relato de um empresário e por ter relações como deputado auxiliava a família do parlamentar. Não solicitei e só tive conhecimento nesta conversa…
Em nenhum momento autorizei que pagasse a quem quer que seja para ficar calado. Não comprei o silêncio de ninguém. Por uma razão exata e precisamente: não tenho relação.
Não preciso de foro. Nada tenho a responder. Sempre honrei meu nome.
Nunca autorizei que utilizasse meu nome indevidamente. Quero registrar enfaticamente: a investigação pedida pelo STF será peremptória, onde surgirão todas as explicações. Mostrarei que não tenho nenhum envolvimento com estes fatos.
Não renunciarei. Não renunciarei.
Exijo investigação plena e muito rápida para esclarecimentos ao povo brasileiro.
Não podem tardar as investigações.
Tanto esforço e dificuldades superadas, meu único compromisso é com o Brasil. Só este compromisso que me guiará”.
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