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FOTO: MESSIAS COSTA

O Museu Paraense Emílio Goeldi recebeu dois filhotes de onças pintadas capturados no Marajó pelo Ibama. O casalzinho, da espécie Panthera onca, predador típico das Américas do Sul e Central e em risco de extinção, está sob os cuidados da equipe de veterinários chefiada pelo Dr. Messias Costa. Os animais têm dois meses de vida e em torno de cinco quilos cada um.  Mas eles ficarão no Parque Zoobotânico por pouco tempo, já que farão parte de um projeto de reabilitação e reintrodução à natureza em área ainda a ser definida. 


A captura dos filhotes de onça indica que o predador é alvo de caça ilegal no arquipélago marajoara, prática que desequilibra o ecossistema na região. Membros do topo da cadeia alimentar, as onças têm papel regulatório na conservação de várias outras espécies.
A ocupação humana pressiona áreas que originalmente abrigavam felinos de grande porte, em qualquer parte do mundo. No Marajó, isso também ocorre associado a atividades produtivas que desmatam grandes extensões de terra. 

O Museu Emílio Goeldi, ambiente tradicional de felinos de grande porte com exemplares como Bemp e Talismã, onças que viveram no lá durante mais de 20 anos, enfrenta dificuldades e está desfalcado. Hoje, no Parque, só há um macho, Guma, inadequado para a reprodução, e a fêmea Luakã, em exposição ao público.

Está passando da hora da sociedade paraense se mexer para ajudar o MPEG. Poderia começar com o Ibama deixando os dois filhotes no Parque Zoobotânico do Museu.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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