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Rosa é uma das grandes e jovens autoras espanholas de literatura contemporânea, já tendo sucesso em “A ridícula ideia de nunca mais te ver”, por exemplo. “A Boa Sorte” é muito bom. Um famoso arquiteto, com obras ao redor do mundo, subitamente, a caminho de uma palestra, salta em uma pequena e pobre cidade, compra um apartamento em péssimas condições, desliga celulares, corta relações com o mundo que antes habitara e sem estar muito certo, quer apenas um tempo. Entre seus vizinhos, um velho que sofre de enfisema e carrega consigo um tubo de oxigênio e uma moça romena, de inúmeras aventuras, com quem faz amizade e consegue um emprego no supermercado local. Cidade pequena e fofoqueira. Quem será aquele homem bonito? Já descobriram, um arquiteto. Mas aqui neste fim de mundo? Os sócios em Madri estão loucos. Há um negócio a tocar. Do que estava fugindo? Da dor pela morte de sua esposa. Do filho a quem não dera atenção e se transformou em um terrorista. Vários o vigiam. Amigos do filho pedem dinheiro. Ao sair do banco, o gerente já está espalhando o grande saque. Apaixona-se por Roluca, a romena. Mas não sabe o que fazer da vida. Com tanta gente seguindo, perseguindo, é bem difícil dar o fora, escapar da montanha russa. Terá boa sorte? A escrita é vertiginosa, com vieses diferentes, que vamos acompanhando até o final. Boa ou má sorte?

Edyr Augusto Proença
Paraense, escritor, começou a escrever aos 16 anos. Escreveu livros de poesia, teatro, crônicas, contos e romances, estes últimos, lançados nacionalmente pela Editora Boitempo e na França, pela Editions Asphalte. Foto: Ronaldo Rosa

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