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Nesta quinta-feira, 28, a Casa da Linguagem celebra o “Novembro Negro”, mês que marca as lutas e resistências da população negra, com uma roda de conversa promovida pela Associação dos Filhos e Amigos do Ilê Axé (AFAIA). O evento começará às 14h e é gratuito, com a emissão de certificado para os participantes. A iniciativa busca discutir a ancestralidade e as diversas formas de resistência da população negra, destacando as contribuições das comunidades quilombolas, de terreiro, do movimento negro, das escolas e da academia.

Com o tema “Que consciência negra é essa?”, o encontro contará com a participação de representantes de diferentes áreas, como Guinê Ribeiro (Movimento Negro), Waldirene Castro (Quilombo de Jambuaçu), Pai Denilson Silva (Comunidade de Terreiro), Prof. Ms. Celyne Soares (Academia) e Prof. Clívia Marissol (Educação Escolar). Além dos debates, batuques de tambores trarão uma conexão direta com tradições afro-brasileiras.

O babalorixá Edson Catendê, membro da AFAIA e mediador da roda, destaca a importância do evento para a valorização da história e das lutas da população negra no Brasil, frisando que a consciência negra não é algo novo; ela está enraizada em séculos de resistência e busca por visibilidade. Ele destaca a necessidade de pensar no papel das organizações na manutenção dessa consciência em um país que ainda invisibiliza corpos e histórias negras, e que é preciso reconhecer as desigualdades históricas que atingem a população negra, como o racismo estrutural presente na educação, cultura, renda e representatividade política.

Para Catendê, o evento reflete um esforço coletivo de valorização da herança africana e afro-brasileira. “Quilombos, terreiros, escolas, academias e movimentos sociais são espaços de resistência que preservam saberes e práticas fundamentais para nossa identidade. Essa rede é essencial para desafiar as estruturas que ainda perpetuam desigualdades.”

A Casa da Linguagem fica na Av. Nazaré, 31, esquina com Assis de Vasconcelos.

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