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Todo mundo tem noção da falta de maturidade do brasileiro para tudo o que desperte um sentido, digamos, duvidoso. Pois bem, em outubro deste ano inaugurou em São Paulo a primeira unidade brasileira da famosa rede de lojas de conveniência sul-coreana CU, no tradicional bairro da Liberdade, reduto da cultura asiática na capital paulista.

A rede é gigante por lá, com aproximadamente 17 mil lojas espalhadas pelo país, e provavelmente sua logo é familiar para o público que consume Dorama e K-pop. Apesar de, por fatores óbvios e ululantes, despertar o espírito da 5ª série que vive em todos nós, o nome CU é em alusão à pronúncia coreana para “See You” (“até logo”, em inglês).

A CU vende produtos icônicos da cultura coreana, como doces importados, onigiris, snacks variados, bebidas típicas – tanto alcoólicas quanto não alcoólicas – e tem máquinas específicas para o preparo de ramens instantâneos, oferecendo acompanhamentos como cebolinha e cenoura para personalizar a refeição.

A dúvida, entretanto, é se o letreiro da loja vai continuar incólume fazendo a alegria dos transeuntes e, consecutivamente, bombando nas redes sociais. Em 2023, a rede de creperias lisboeta “La Putaria”, que vende crepes com formatos de órgãos sexuais em Portugal e na Itália, teve de ser renomeada para “La Censura” no Brasil após a interferência do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Resta saber se o CU terá o mesmo destino.  

Será que, em breve, teremos CU em Belém?

Foto: LERK/Wikimedia

Gabriella Florenzano
Cantora, cineasta, comunicóloga, doutoranda em ciência e tecnologia das artes, professora, atleta amadora – não necessariamente nesta mesma ordem. Viaja pelo mundo e na maionese.

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