0
Será no próximo dia 21, às 10 horas, a audiência na Justiça Militar dos policiais militares João Felipe Siqueira dos Santos e Leandro Rodrigues dos Santos, acusados pelo promotor de Justiça Armando Brasil de estuprar uma adolescente de 14 anos no distrito de Outeiro, com presunção de violência e em concurso de pessoas. Conforme apurado no inquérito policial militar, no dia 5 de julho deste ano, os soldados PM R. Santos e Santos estavam uniformizados na Praia Grande, quando abordaram duas amigas, acusaram-nas de vender drogas e em seguida conduziram as meninas para uma área isolada da praia e abusaram sexualmente de uma delas, além de agredirem fisicamente a outra. O relato das garotas é de puro horror: um dos PMs, empunhando faca de cozinha, obrigou-a a manter relação sexual e a fazer sexo oral. Ato contínuo passou a ser abusada pelos dois policiais. A outra adolescente agredida conseguiu fugir e escapar dos acusados.

A adolescente abusada sexualmente foi obrigada a fornecer seu número de celular aos policiais e posteriormente passou a receber mensagens via WhatsApp, onde aparecia a fotografia do primeiro policial que a violentou tentando marcar um novo encontro. Em seguida o acusado ligou para a adolescente e proferiu ameaças caso denunciasse o crime”, denunciou o promotor de Justiça Armando Brasil. 

Espera-se que esse crime hediondo seja punido com o necessário rigor. É por esse tipo de conduta que a população não confia na polícia. A impunidade é o mesmo que o Judiciário violentar duplamente as adolescentes. Como elas, tantas anônimas são vítimas de monstros desse naipe e têm medo de pedir ajuda. O promotor Armando Brasil, que atua sozinho no MP militar do Pará, tem sido incansável no exercício do seu mister.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

HUJBB em meio a grave crise

Anterior

Belém e o lixo

Próximo

Vocë pode gostar

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *