A Fazenda Santa Lúcia, localizada no município de Pau D’ Arco, é ocupada desde 2010. Em 2013, o proprietário ajuizou ação de reintegração de posse (processo nº 00008492.25.2013.814.0045), deferida. Em novembro de 2015, a fazenda foi reocupada. Após ação judicial, foi feita a segunda reintegração de posse, rapidamente reocupada após a saída da polícia que deu apoio ao mandado. Dadas as dimensões da fazenda, por algum tempo coexistiram na área ocupantes e proprietários que, após frustradas negociações com o Incra, passaram a tentar ocupar a terra com algumas cabeças de gado, refazendo parte da pastagem e posteriormente contratando segurança armada para a defesa das benfeitorias.
Em razão disso, em 26 de outubro de 2016 os proprietários pleitearam na justiça novo cumprimento de medida liminar de reintegração de posse, que foi concedida e ficou de ser realizada este ano.
No dia 23 de fevereiro de 2017, o oficial de justiça esteve na fazenda citando todos os invasores a fim de saírem de lá em 24h, sob pena de multa.
No dia 23 de fevereiro de 2017, o oficial de justiça esteve na fazenda citando todos os invasores a fim de saírem de lá em 24h, sob pena de multa.
Em 23 de março passado a Justiça autorizou o cumprimento da liminar para reintegração, decisão na qual a vara agrária de Redenção determinou a prisão em flagrante daqueles que eventualmente estivessem na área incorrendo no crime de desobediência, o que foi executado em 20 de abril de 2017, sem reação por parte dos acampados. Na ocasião, quatro pessoas foram conduzidas para a delegacia de polícia em flagrante de desobediência, os demais se refugiaram no acampamento provisório chamado de “corredor”, área arrendada de colono do assentamento Guarantã que faz limite com a fazenda.
Durante o mês de abril os proprietários contrataram a Elmo Segurança Ltda. EPP, CNPJ 13.617.887/000103, culminando, em 30 de abril de 2017, com o assassinato de Marcos Batista Ramos Montenegro, segurança da fazenda, atingido por um tiro no rosto. Com base na apuração desse homicídio, a polícia requisitou a prisão preventiva e busca e apreensão de Antonio Pereira Milhomem, vulgo “Tonho”; Ronaldo Silva dos Santos, vulgo “Lico”; e Jane Júlia de Oliveira(vítimas fatais) e contra Antonio Pereira da Silva, Fernando Araújo dos Santos, Genário Neves Miranda, além das prisões temporárias dos indivíduos conhecidos por “Araújo”, “Cléber” (sobrinho do Tonho e possivelmente a vitima fatal Weclebson Pereira Milhomem), “Adriano”; “Xexéu”; “Caveira”; “Guri”; “Neguinho do Vigilato” e “Filho do Cangalha”, ordenadas pela juíza Leonila Maria de Melo Medeiros, da 2ª Vara Penal de Redenção, no dia 17/05/2017, por homicídio, esbulho possessório, associação criminosa armada, dano qualificado e outros.