Publicado em: 25 de março de 2025
O jornalista e pesquisador Walbert Monteiro lança hoje (25) às 17h no Museu do Judiciário seu livro “A essencialidade de Maria – Mãe de Jesus”. Ao longo de 242 páginas, o autor trata da devoção mariana sob uma perspectiva histórica e teológica.
Membro da Academia Paraense de Letras, da Academia Paraense de Jornalismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, Walbert conta que há quarenta anos, quando ainda fazia parte da Diretoria da Festa, o então Pároco da Santíssima Trindade, saudoso Monsenhor Geraldo Menezes, pediu-lhe uma mudança no hino “Vós sois o lírio mimoso”, exatamente no verso que fala “de vossos lábios divinos” substituindo-o por “lábios sublimes”. O sacerdote entendia não ser legítimo atribuir “divindade” à Virgem Maria que, apesar de haver sido escolhida para Mãe de Deus e Esposa do Espírito Santo, mantinha sua condição humana. A proposta inquietou o escritor, que não ousou levá-la adiante. Muitos anos mais tarde, ao se preparar para ser consagrado, releu no livro de São Luís Grignion de Montfort (Tratado da verdadeira devoção à Nossa Senhora), um trecho em que o sacro autor refere-se a ela como “divina Maria”, reacendendo a chama da dúvida: afinal é ou não possível atribuir a condição divina àquela em cujo ventre, pela ação divina, foi gerado o Filho de Deus? Walbert, então, consultou alguns sacerdotes amigos e decidiu aprofundar o estudo do tema, percebendo que, com o apoio de sua bibliografia mariana, que inclui mais de 50 livros, poderia elaborar uma síntese ordenada desses escritos mariológicos, destacando alguns aspectos de pouco conhecimento do público: a postura de Martinho Lutero em relação a Maria, reconhecendo que ela, Mãe de Deus, é nossa intercessora no céu; a presença de Maria no Islamismo; os traços biográficos mencionados no evangelho apócrifo de Tiago; a polêmica da corredenção como dogma mariano e as principais aparições de Nossa Senhora.
Vários sacerdotes consultados aconselharam-no a reler a Lumen Gentium e outros documentos da Igreja, nos quais encontraria o embasamento da teologia católica sobre a figura de Maria.
Walbert publicou algumas crônicas a respeito, buscando conhecer a reação do público e, percebendo a forte aceitação, decidiu elaborar a obra de modo a incentivar a devoção mariana “sob uma ótica consentânea com os Evangelhos e a doutrina da Igreja, sem pieguices ou exageros, apresentando Maria como essencial à nossa vida, na condição de intercessora e caminho seguro que nos leva a Jesus Cristo, seu Divino Filho. A missionária por excelência que, como nas bodas de Caná, nos convida a fazer tudo o que Ele nos disser”, conta o escritor.
O Cônego Vladian da Silva Alves, diretor da Faculdade Católica, prefaciou o livro,
Jornalista desde 1961, Walbert Monteiro atou em A Província do Pará, Jornal do Dia e Revista Mensagem; foi diretor do Diário do Pará, Voz de Nazaré e da Revista do CPOR/8; por 14 anos consecutivos editou as revistas Ver-O-Pará e Nosso Pará, além da Revista do Círio e da Revista do Conselho de Presidentes de Tribunais de Justiça do Brasil até 2019. Atualmente edita a Revista Juspará, da Associação dos Magistrados do Estado do Pará. Escreveu e editou compêndios sobre o Jubileu 200 Anos da Trindade e o Cinquentenário da Turma Sobral Pinto.
É autor de “Nosso Sabor Pai d’egua; Círio de Nazaré, Minha Visão de Fé (2 edições); Palavras Além do Tempo; Reflexões Reclusas; Reflexões Libertas; Minhas Reflexões, Rosário, Um Tesouro que se (Re) descobre; Três Vultos Históricos do Pará; e Decidir-se.
O Museu do Judiciário fica na Av. Nazaré, esquina com a Trav. Rui Barbosa, em Belém do Pará

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