Publicado em: 11 de maio de 2025
Afinal foi escolhido o novo Papa da Igreja Católica, um americano, contrariando os prognósticos calculados na inspiração da linha do Papa Francisco que quebrou tradições.
O Papa Francisco foi um bom representante, resgatou direitos humanos e nos reorientou quanto a solidariedade neste mundo de exclusões. Foi, também, uma barreira no caminho da política estrangeira que opera em desserviço dos valores espirituais.
Boa parte do catolicismo mundial encontra-se no Brasil que ainda não teve um papa brasileiro. Quando Francisco, argentino, foi escolhido como Papa e lhe disseram que os brasileiros queriam um nacional, o representante, em contrapartida, disse que Deus era brasileiro.
Na verdade, o Papa obtém nacionalidade internacional quando ocupa o Vaticano, tornando-se a representação de uma religião sem fronteiras. O novo Papa, Leão XiV, agostiniano, haverá de ser assim.
Sobre as mães, Francisco disse que não somos órfãos, temos uma mãe universal, como filhos que somos da igreja. As mães são os antídotos contra a individualidade e citando Santo Oscar Arnulfo Romero, concluiu que as mães vivem um eterno martírio.
Quando o Papa se refere a nossa mãe universal, ele está citando Maria, mãe de Jesus, que viveu na Galileia do fim do século I a.C ao início do século I d.C. e, referindo-se a Santo Romero que fala em martírio, quer dizer sobre o sofrimento de Maria na qualidade de mãe quando enfrentou a execução de seu Filho.
Essa referência começa quando Maria recebeu a maior designação de toda a história da humanidade: a de parir o Messias, Filho de Deus, como descreve na Bíblia o apóstolo Lucas (1:26-38). Contudo, não imaginava ter que sepultar o próprio progênito, as mães nunca pensam nessa hipótese, nem merecem enfrentar tamanho sofrimento.
Naquele dia seria exatamente diferente. O Filho de Maria partiria sob condições terríveis, embora sublimes para a humanidade. Ao vê-lo agonizar na cruz, Maria lembrou do menino que amamentara acariciando sua cabeça, naquele instante, envolvida em uma coroa de espinhos contundentes. tratado como o mais vil dos delinquentes.
Depois disso Maria foi levada por João Evangelista para a Turquia, região da Anatólia, pois não havia como permanecer naquele ambiente hostil de Herodes Antipas e Pôncio Pilatos.
A Turquia era caminho de subida, ocupando toda a península da Anatólia, no extremo ocidente da Ásia, estendida pela Trácia Oriental (também conhecida como Rumélia), no sudeste da Europa. Éfeso foi o local adequado, longe de pessoas que proporcionaram tanto sofrimento a família de Davi (Marcos 12.35-37), da qual descendiam José e Maria.
A representação das mães nesta existência é uma referência inabalável e as lições do Papa Francisco que recentemente nos deixou, serão outras referências inesquecíveis neste mundo.
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