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A segunda edição do Festival Amajazzon, nos dias 27 e 28 de novembro, será no Teatro Gasômetro, a partir das 17h, reunindo a música instrumental da Amazônia e o jazz mundial em Belém. O espetáculo conta com artistas da Espanha e Israel que se apresentam ao lado de talentos do Pará e de Manaus.

“O Festival se propõe oferecer uma experiência musical única em meio à exuberante natureza da Amazônia. A programação visa não apenas entreter, mas também promover a troca cultural e a apreciação das diversas formas de expressão musical, com um foco especial na música jazz e instrumental. A iniciativa quer celebrar o amor pela região através da linguagem universal da música, unindo artistas locais e internacionais e gerando impactos sociais, econômicos e ambientais significativos”, diz Fernando Sousa, diretor do Amajazzon.

line-up traz a Amazônia Jazz Band, mesclando clássicos do jazz com arranjos inspirados na cultura nortista, o carimbó instrumental, sons da floresta e de percussão regional. A cantora Andrea Pinheiro cantará ao lado da big band clássicos da música paraense, com repertório que celebra autores como Tinnôko Costa e Waldemar Henrique. Tainá E I O U, do Amazonas, mostrará seu trabalho, que tece relações entre a poesia concreta, a filosofia, o carimbó e o free jazz.

A programação inclui o pianista e cantor Diego Amador e o guitarrista José Maria Bandera, da Espanha, apresentando o show “Paqueando”, homenagem ao flamenco, manifestação da cultura da Andaluzia; e o show “Brightlight”, do celebrado contrabaixista Avishai Cohen, de Israel, considerado um dos maiores músicos de jazz da atualidade.

“O intercâmbio cultural e musical no Amajazzon é vital para enriquecer o cenário artístico tanto dos músicos locais quanto dos visitantes internacionais. Ao compartilharem palcos, esses artistas trocam experiências, técnicas e perspectivas. A expectativa do festival é criar um ambiente de aprendizado mútuo e inspiração, além de abrir novos caminhos para colaborações futuras e fortalecer a presença global da música da Amazônia”, diz Anabela Cunha, da Connecting Dots, organizadora do evento.

Nascido em uma família de artistas flamencos, José Maria Bandera é discípulo de Paco de Lucía, uma figura central do ritmo espanhol: sua influência se estende por vários gêneros e deixou uma marca indelével na música mundial, com sua técnica incomparável, e espírito de inovação, misturando tradição e modernidade. Já Diego Amador é considerado como “o Ray Charles cigano”. Aclamado como um “revolucionário da música”, mudou significativamente a atitude em relação ao piano, não apenas no flamenco, mas também na forma de tocar o instrumento em geral. Juntos, Amador e Bandera tocam pela primeira vez em Belém no show “Paqueando”, tributo a Paco de Lucía. O espetáculo traz Diego como cantor, com uma ampla progressão de estilos e ritmos flamencos.

Avishai Cohen, um dos 100 baixistas mais influentes do século XX, já arrebatou o Prêmio Miles Davis no Festival de Jazz de Montreal em 2023.

Para Aslak Oppebøen, membro do Board Amajazzon, no festival a magia do jazz se encontra com a cultura do Brasil, proporcionando visibilidade internacional. “Um festival de impacto, que parte de Belém para o mundo, continuando a abrir portas para que o Brasil e o mundo experienciem a cultura amazônica em uma interculturalidade nacional e internacional, onde empreendedores locais e artistas da região são os principais anfitriões desta sociobioeconomia cultural”, diz.

Com a realização da Connecting Dots, o festival tem apoio do Governo do Pará, via Secult; da Academia Paraense de Música; da Embaixada da Espanha no Brasil; da Assobio (Associação de Negócios da Sociobioeconomia da Amazônia), e da Bioma (Consultoria e Assessoria ESG). Ingressos no site do evento.

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