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A Secretaria de Estado de Igualdade Racial e Direitos Humanos (Seirdh) e a Secretaria de Estado de Cultura (Secult), via Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIMM), realizam no próximo sábado (30) programação alusiva ao Dia da Consciência Negra e Preamar da Consciência Negra, no Museu do Estado do Pará, em Belém, das 9 às 17h. Vai ter exposição, feira de livros usados e rodas de conversa com temática voltada à história da população negra na Amazônia. O acesso é livre e gratuito e os espaços destinados ao evento são a varanda e o jardim interno do MEP.

A exposição “Dos Rios, das Matas e das Estradas: Retratos Negros da Amazônia” reúne produções do fotógrafo Jeremias de Oliveira Santos, especialista em imagens de corpos negros em diferentes paisagens e territórios, evidenciando a presença afro em diversos espaços da Amazônia, sobretudo localidades do Pará.

A curadoria da exposição é das professoras Marley da Silva, do Instituto Federal de Educação do Pará (IFPA) – campus Belém, vinculada ao curso de História e ao Núcleo de Estudos Afro Brasileiros, e Adriane dos Prazeres Silva, atual chefe do Departamento de Filosofia, Ciências Sociais e Educação, da Universidade do Estado do Pará. A mostra também conta com colaboração do graduando em engenharia civil Jurandir Duarte Fayal Júnior.

Na ocasião, também haverá uma feira de livros usados, coletados junto a professores de diversas instituições de ensino, voltados à temática negra, e que serão vendidos a preços simbólicos.

Duas rodas de conversa também marcarão a programação: a primeira, às 10h, será conduzida pelo professor doutor José Maia Bezerra Neto (UFPA), vice-presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, com o tema “A tese do ‘vazio africano’ no pensamento social da Amazônia”. O pesquisador acentua que na segunda metade do século XIX foram postuladas as bases da tese da raridade ou pouca importância da presença africana, no caso escravizada, na região amazônica, “ganhando envergadura no pensamento social sobre a Amazônia, apesar de os dados populacionais e socioeconômicos indicarem o contrário”. É essa discussão que vai nortear a roda de conversa.

A segunda, às 14h30, será capitaneada pela profa. dra. Marley Silva (IFPA) e versará sobre “Mulheres negras tecendo liberdades na primeira metade do século XVIII”. A professora comenta que essa roda de conversa visa destacar as múltiplas formas que as mulheres, principalmente as africanas, utilizaram para lutar e buscar viver em Belém do século XVIII, acionando a justiça, as fugas, os bens materiais, por meios dos quais elas viviam outras dimensões, para além da escravidão.

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