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Oito pesquisadores da Universidade Federal Rural da Amazônia embarcam ontem (5) em uma expedição que vai percorrer a costa de Bragança, Augusto Correa e Viseu (PA) até o próximo dia 8, a fim de monitorar a saúde e o comportamento dos botos, aves e tartarugas marinhas, e verificar se estão sendo afetados pelos estudos sísmicos das empresas que querem explorar petróleo na região. Há equipes de 15 em 15 dias no arquipélago do Marajó e em Marapanim e o monitoramento embarcado na região de Bragança e Viseu é realizado a cada dois meses. Os estudos vão durar um ano. Esta já é a segunda expedição dos pesquisadores e integra o Projeto de Caracterização e Monitoramento de Cetáceos, que monitora as bacias do Pará-Maranhão e a Foz do Amazonas, exigência no processo de licenciamento ambiental pelo Ibama. 

O BioMa realiza há anos o monitoramento de botos, baleias e golfinhos que encalham nas praias da região do Salgado paraense, e também observa aves, peixes-bois e tartarugas. O projeto de monitoramento dos Cetáceos intensificou essa rede. Desde que iniciou, em junho de 2024, os pesquisadores já foram acionados cerca de 30 vezes pela comunidade e foram buscar três animais, que já estavam mortos, em Ajuruteua, distrito de Bragança.

 Os pesquisadores coletam as bulas timpânicas, ossos de dentro do ouvido dos botos. As análises são realizadas pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, colaboradora do projeto. As necropsias são feitas por veterinários no laboratório de Necropsia de Pequenos Animais da Ufra, mas a causa da morte dos botos ainda não pôde ser definida. Eles têm indícios de terem se ferido acidentalmente em redes de pesca. Mas também há animais mutilados, principalmente na genitália, que as pessoas ainda usam como unguento. 

O BioMa faz parte da Rede de Encalhe de Mamíferos Aquáticos do Norte, que reúne especialistas nessa área e na análise de fauna oleada. A rede é gerenciada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Moradores, turistas e pescadores, quando virem algum animal marinho morto ou encalhado na praia, podem acionar o disk-encalhe, que funciona 24h, pelo (91) 98411-6117 e (91) 98411-8263 .

(Com informações da Ufra).

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