Não se sabe o resultado da eleição para a diretoria da Associação dos Advogados Trabalhistas do Pará (ATEP-PA). A chapa de oposição, Renova Atep, conseguiu várias liminares, mantidas pela desembargadora Luzia Nadja Guimarães, no sentido de impedir a apuração e a divulgação do resultado até a publicação de uma lista detalhada de eleitores aptos contendo a data e a forma de pagamento das anuidades. A comissão eleitoral lacrou as quatro urnas e as depositou perante a 1ª Vara Cível de Belém, onde tramitam as ações.
Em Belém, a votação foi na Sala dos Advogados, no Tribunal Regional do Trabalho da 8a Região. A votação transcorreu em clima tenso. Logo cedo, a Renova Atep levou segurança privada. A chapa Atep Forte reclamou e pediu providências à presidência do TRT8. Os seguranças saíram do prédio do tribunal e foram para a Praça Brasil, mas entraram de novo. Após novas reclamações o chefe da Segurança do TRT8, Coronel Fábio, pediu que eles saíssem e colocou agentes do tribunal nos local, inclusive agentes da Polícia Federal que trabalham lá, já que é um órgão federal. A chapa de oposição disse que eram seguranças contratados pela OAB-PA. Mas o presidente da seccional, Alberto Campos, foi pessoalmente desmentir a versão junto ao coronel.
Outro imbroglio foi por conta de a chapa Renova ATEP montar uma tenda no meio da Praça Brasil, para que os seus eleitores pegassem os boletos e comprovantes de pagamentos. Houve protestos da chapa Atep Forte, argumentando que o normal é que quem paga a anuidade tem o seu boleto e o seu comprovante, não devendo ser entregue por terceiros.
É lamentável que a disputa por poder tenha lançado a OAB e as associações de advogados em uma guerra insana, que só faz prejudicar a classe como um todo e mancha o bom nome das instituições.
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