Recebi, na caixinha de comentários do post “O porquê da mágoa de Iran com Jatene”, a seguinte mensagem, da lavra do líder do PMDB na Alepa, deputado Iran Lima, que veiculo com o devido destaque, pelo contraponto ao que foi noticiado:
“Avisado por um amigo, tomei conhecimento de que fui citado em sua coluna desta data, em relação declaração que fiz em reunião reservada na Alepa, onde você relata que o microfone emudeceu como se eu tivesse concluído minha argumentação sobre a pseudo independência e autonomia da Comissão de Incentivo Fiscais constituída pelo Jatene.
Na verdade, e considerando o contexto da reunião, tratávamos sobre essa suposta independência e autonomia, considerada por muitos como fictícia, visto que o Jatene, então Secretário de Planejamento (e não de Produção) e Presidente dessa Comissão, não aceitava opinião ou pareceres diferentes do seu pensamento, agindo como uma criança que não beneficiada no time de futebol, retirava sua bola de campo e acabava o jogo.
Estando agora novamente com a “bola”, ou melhor, com a caneta que nomeia e exonera, decreta ou bloqueia, será que não teremos um novo caso Cerpasa?
Ao cobrarmos a postura legalista, demonstramos a nossa preocupação com o nível da arrecadação da receita estadual, visto que o Jatene costumeiramente alega a não realização de muitos serviços e obras para a população por exclusiva falta de recursos. Assim, com a Lei dos Incentivos aprovada, mas com o poder do Jatene em decretar quem dele se beneficia, cria-se uma insegurança jurídica e econômica que não permite à sociedade (aí incluídos os próprios empresários beneficiados), ter a certeza de que esse benefício se manterá como o contratado, sem depender dos humores do Jatene. Portanto, não ha mágoas, mas sim grandes incertezas com o futuro do Pará.
Obrigado pela oportunidade em esclarecer essa situação.
Iran Lima
Deputado Estadual”
Nota do Blog: Com todo respeito, deputado Iran Lima, em nenhum momento faltei com a verdade, apenas não escrevi a nota sob seu ponto de vista. A questão de sua incerteza foi evidenciada de forma bem clara, e inclusive informando quanto à resposta do titular da Sedeme, que enumerou os órgãos componentes da Comissão, todos representados por técnicos de carreira, enfatizando que é presidida pelo secretário da Fazenda, que é auditor fiscal do quadro da Sefa.
Entendo que a oposição pode – e deve! – cumprir seu papel, mas o jornalismo é livre para dar o tom da notícia, desde que não se afaste da realidade, o que é o caso. O post tratou de forma leve o debate, até porque o projeto de diferimento de ICMS teve o seu apoio e de toda a bancada do PMDB. No mais, é preciso esclarecer que a reunião em tela não foi reservada, estavam presentes outros jornalistas que cobrem o trabalho do Legislativo, além de assessores de imprensa. Tenho muito zelo em separar o que é sigilo profissional, em razão de meu cargo de consultora da Alepa, e o que é notícia publicável.
Fique à vontade para usar este espaço, a casa é sua. Obrigada por sua contribuição e parabéns por seu trabalho.
Comentários