Neste primeiro dia, além de programações temáticas, haverá uma marcha dos movimentos de mulheres, quilombolas, ribeirinhos e indígenas, com concentração a partir das 16h na Escadinha do Porto de Belém e saída às 18h. O trajeto inclui a Av. Presidente Vargas e a Av. Assis de Vasconcelos, até a Praça Waldemar Henrique, no bairro do Reduto, onde será a abertura oficial do X Fórum Social Pan-Amazônico, nesta quinta-feira (28).
A marcha será animada por bateria de escola de samba, grupos culturais indígenas, quilombolas eafro-religiosos. Na chegada, o Palco da Concha recebe a guitarrada do mestre Manoel Cordeiro e os agitadores culturais Renato Lu e Márcia Kambeba.Após a exibição do vídeo de acolhimento, haverá apresentação de povos indígenas, banho de cheiro com afro-religiosos e homenagem aos defensores dos povos da Amazônia, com leitura do poema Libertade, em homenagem a Bruno Pereira e Dom Phillips. O reitor da UFPA, Emmanuel Zagury Tourinho; e o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, anfitriões do X Fospa, saudarão os representantes do Comitê Pan-Amazônico. O coordenador geral do X Fospa é Luiz Arnaldo Campos. O espetáculo Ballet Folclórico da Amazônia encerrará a noite cultural.
Até o domingo, 31 de julho, a Universidade Federal do Pará receberá estudantes de todas as origens na Amazônia, e será palco de discussão, reflexão crítica e diálogo sobre a diversidade de saberes e culturas da região. Além do Brasil, Venezuela, Peru, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa e Suriname participam do evento.
Amanhã de manhã (29), haverá o Tribunal dos Direitos da Natureza e, na tarde do dia 30, o Tribunal de Justiça e Defesa dos Direitos das Mulheres Pan-Amazônicas e Andinas. Os tribunais serão instalados no Centro de Eventos Benedito Nunes, da UFPA, e contam com depoentes e juízes dos países que integram a Pan-Amazônia. Também no “Benedito Nunes”, está prevista uma emocionante homenagem aos mártires da Amazônia, um ato em memória de quem dedicou sua vida à defesa do território e seus povos. A iniciativa é organizada pelo Conselho Amazônico de Igrejas Cristãs e unirá representantes de diversas religiões em uma caminhada até a orla da universidade.
Movimentos, redes, coletivos, ativistas, instituições e organizações de povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, seringueiros, caboclos, camponeses, artistas, religiosos, defensores da natureza, comunicadores, acadêmicos e mulheres,habitantes da Amazônia e de outras regiões do planeta comprometidos com a defesa da vida, participaram hoje de manhã da Segunda Assembleia Mundial pela Amazônia «Rumo ao X Fospa», de modo presencial e virtual, em Belém. A intenção é fortalecer o Fórum, suas cinco casas de conhecimento e sentires (Bens Comuns, Povos e Direitos, Territórios e Autogoverno, Mãe Terra e Resistência das Mulheres), compartilhar e refletir sobre uma série de iniciativas, como a construção de proposta normativa para deter o desmatamento exportado, articulação de uma frente parlamentar mundial a favor dos direitos da natureza e contra o ecocídio, desenvolvimento de ações para enfrentar a guerra na Ucrânia, fortalecimento da solidariedade internacional contra todos os projetos e formas de autoritarismo, e a convocação de Assembleias da Terra para fortalecer os processos de autogestão territorial, articular lutas contra o extrativismo em nível global, promover o reconhecimento dos direitos e a participação da natureza, e criar espaços para construir propostas e ações diante da crise climática e ecológica, diante da cooptação corporativa e do fracasso das conferências das Nações Unidas sobre mudanças climáticas e biodiversidade, além de conversar sobre um plano de ação pós X Fospa a fim de salvar vidas na Amazônia e no planeta Terra.
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