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Sob a direção competente de Daniel Dias da Silva, na última sexta, no Rio de Janeiro, estreou com grande sucesso mais uma peça do premiado escritor, diretor e dramaturgo paraense Saulo Sisnando: “Charles Azanavour, um romance inventado!” e para minha alegria tive o privilégio de estar presente no primeiro dia!

Sisnando fez “acontecer” num momento importante da história do teatro (quase!) pós pandêmico. A plateia estava ansiosa e visivelmente curiosa; afinal, trata-se de um texto inédito que evoca preciosas memórias afetivas do imaginário coletivo: canções de Aznavour, a gloriosa atriz Silvia Bandeira como protagonista e, claro, todos os clichês românticos que amamos!

“Charles Aznavour”, um romance inventado!” tem texto aveludado e bem aproveitado pela direção, que soluciona de forma inteligente as passagens textuais e musicais do espetáculo, que aliás conta com execuções elegantes e bem arranjadas de músicas consagradas como “La Bohème”. Tem-se no palco uma peça que te abraça gostoso desde a primeira fala da atriz Silvia Bandeira (e seu timbre inconfundível!) até a última revelação, que dá sentido ao título, pois a trama é bem amarrada e com estofo até para os mais exigentes.

A feliz parceria entre Silvia e o cantor/ator convidado, o talentosíssimo Maurício Baduh, nos entregam divertidos jogos e trocas cênicas proporcionando uma das sensações mais incríveis que podemos experimentar quando entregues as emoções de uma obra de arte: o reconhecimento de nós mesmos ali no palco. Saulo Sisnando mais uma vez foi ovacionado em uma sala de espetáculo carioca, o que a nós paraenses traz orgulho e esperança em tempos tão áridos para o artista brasileiro.

A peça ficará em cartaz às sextas e sábados, sempre às 20h, no Teatro das Artes, na Gávea, com todos os protocolos sanitários exigidos. Sem dúvida um espetáculo para fazer parte do repertório cultural de todos nós. Evoé!!!!

Landa de Mendonça
Atriz, cantora e produtora. Nascida em Belém do Pará, em 2009 mudou para o Rio de Janeiro, onde frequentou cursos de interpretação e de canto no Conservatório Brasileiro de Música, participou de musicais, peças e filmes. Em Brasília, compôs o coro cênico da ópera “Olga” de Jorge Antunes, no encerramento do Festival de Ópera da cidade em 2013, sob a direção de William Pereira. Foi residente da Cité Internationale des Arts de Paris, juntamente com sua família de artistas de 2018 a 2019 apresentando como resultado o projeto “Chico Buarque de Chambre”, que estreou em 9 de dezembro de 2019 onde cantou arranjos de seu marido e parceiro artístico, o maestro Mateus Araújo, passeando pelo universo musical e cênico de Buarque. De volta ao Brasil, em 2020 fez parte do elenco do curta metragem  « Totem » de Kadu Zargalio. E-mail landatrizprofessional@gmail.com

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