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Carta aos paraenses

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Foto: Jean Brito

“No momento em que vozes isoladas clamam pela volta da ditadura militar no Brasil, infiltradas em legítimas manifestações democráticas dos que querem o aperfeiçoamento da gestão pública em nosso país, nós entendemos necessário alertar para o perigo que isso representa à paz social. 


Não é possível ignorar que, sob a ditadura militar, a pretexto de combate à corrupção e ao comunismo, graves violações aos direitos humanos foram cometidas, incluindo mortes, torturas e o desaparecimento de pessoas, fatos que ainda não foram adequadamente apurados e punidos. 

Por isso é necessário expressar o nosso repúdio aos que, de má fé, ou ignorância, tentam manipular a opinião pública, apresentando a volta dos militares ao poder, fora das vias institucionais, como a solução para todos os males e dificuldades vividas pelos brasileiros no atual momento. 

A luta pelo restabelecimento das liberdades democráticas no Brasil foi grande, inclusive em benefício dos que querem hoje a volta da ditadura, por isso o momento não é de calar, mas de atenção e cuidado. 

É preciso lembrar para não repetir. 

Assembléia Legislativa do Pará, em 31 de março de 2015.”

* Documento conjunto da Comissão Estadual da Verdade do Pará e da Comissão de Direitos Humanos da Alepa, lido e assinado por todas as entidades representadas na audiência pública de hoje, inclusive pelo secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos, Michel Durans, representando o Governo do Estado, e as vereadoras Sandra Batista e Marinor Brito, da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Belém.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Abrajet, do IHGP e do IHGTap, editora do portal Uruá-Tapera.

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