A Banda do Corpo de Bombeiros Militar, que existe há 126 anos, foi declarada Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado do Pará, por iniciativa do líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Eliel Faustino. A banda está dividida, atualmente, em dois grupos: um com 53 integrantes, em Belém, e outro com 14, em Castanhal. O repertório é eclético: vai dos hinos do Pará e Nacional a bregas e carimbós, passando por sucessos da MPB.
A banda toca gratuitamente em escolas, igrejas e praças, além de eventos oficiais. Além disso, desenvolve o projeto “Escola da Vida” junto a crianças do interior e da capital. O capitão Clerissom Lima, 44, é o atual líder e integra o grupo desde 1990.
Todos também são bombeiros treinados e estão preparados para qualquer emergência. Há pouco mais de duas semanas, por exemplo, os músicos voltavam de uma apresentação em uma igreja católica no município de Ananindeua, de ônibus, quando notaram um tumulto no bairro da Marambaia, perto da avenida Dalva, com moradores gritando e tentando entrar em uma casa. Pensaram que se tratava de incêndio e desceram correndo para ajudar, apesar de que só tinham um extintor. Mas era um senhor sofrendo crise de convulsão. Graças aos bombeiros-músicos, a vítima foi atendida a tempo e sobreviveu. O subtenente Joaes Lima foi à casa dele no dia e seguinte e a família agradeceu muito. Histórias assim não são raras e já fazem parte da história da banda.
O cabo Isaías Silva, 33, é um dos que se dividem entre as missões de salvamento e os ensaios com o trompete. Ele já era músico antes de entrar na banda e realizou sonhos como tocar no Theatro da Paz, com a esposa na plateia, e também vivencia a adrenalina em alta voltagem ao salvar vidas em risco.
O segundo sargento Airton Paraguai Júnior, 46, percussionista,está na banda desde o início e em 2018 entrará na reserva. Apaixonado por música, descobriu uma nova vocação, a de educador, ao participar das aulas do programa Escola da Vida, feito por gente que acredita na música como agente transformador da vida de crianças e jovens.
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