A pesquisa do Ibope para o governo do Pará, divulgada ontem à noite pela TV Liberal, confirma o que todos os que observamos o cenário político já sabíamos: há um empate técnico entre o governador Simão Jatene(PSDB) e Helder Barbalho(PMDB): Jatene com 24% e Helder 22% na espontânea e Helder 38% e Jatene 37% na estimulada. Só faltava conhecer o patamar. A dedução é simples, para quem conhece as mumunhas do jogo: se alguém estivesse na frente já teria alardeado a vantagem. Mas todos, embora fizessem constantes sondagens, mantinham-se em mutismo. Só que, em alguns casos, o silêncio é revelador.
É claro que cada qual usará perante a opinião pública o resultado desta pesquisa como lhe convier. Contudo, o jogo está apenas no início e será curtíssimo. A campanha eleitoral na TV e rádio começa nesta terça-feira e nela cada um vai ter o que mostrar. Ou não. Trabalho, ideias, realizações, baixarias. E é aí que as coisas começam a se definir perante o distinto eleitor. Parece evidente, entretanto, que a fatura seja decidida no primeiro turno, em placar apertado, e que o fiel da balança seja a região metropolitana de Belém, a mais povoada do Pará e que, naturalmente, concentra mais eleitores, face a inexistência de uma terceira via (todos os demais candidatos figuram com apenas 2% na espontânea, e na estimulada Marco Antônio(PCB) e Zé Carlos(PV) estão com 3%, Elton Braga(PRTB) e Marco carrera(PSOL) com 2%. Indecisos somam 9% e votos brancos e nulos, 6%).
Na disputa para o Senado, Paulo Rocha (PT) e Mário Couto (PSDB) têm 16%; Duciomar Costa (PTB) 14% e Jefferson Lima (PP) 13%. Mas Paulo Rocha e Duciomar estão com suas candidaturas indeferidas pelo TRE-PA. Helenilson Pontes (PSD) tem 4%; Ângela Azevedo (PSTU) 3%; Eliezer Barros (PRTB), Pedrinho Maia (PSOL) e Renato Rolim (PCB) 1% cada.
Para a Presidência da República, obviamente, a pesquisa está prejudicada diante dos últimos acontecimentos e só com a definição de quem sucederá Eduardo Campos e a definição de sua vice é que o novo cenário se desenhará.
Até lá, exercitaremos a futurologia.
Comentários