
Uma arraia da espécie Potamotrygon Leopoldi, doada por uma empresa de exportação de peixes ornamentais, é a nova habitante do lago da reserva José Márcio Ayres, o borboletário do Mangal das Garças. Lá já vivem piranhas e as deslumbrantes vitórias-régias. Também chamada de Arraia Xingu, Arraia de Fogo ou Arraia Negra, típica de água doce e encontrada no rio Xingu, é uma espécie ameaçada pela degradação ambiental por atividades como expansão da agricultura, mineração, pesca e exploração madeireira.
Igor Seligman, biólogo e gestor do parque, iniciou um tratamento diferenciado da água do lago, para que fique cristalina e o visitante possa visualizar melhor os animais e aproveitar as lições educativas. “Todos os animais que vivem no parque e a forma como são expostos é uma maneira de ensinar o visitante a preservar e respeitar aquele bicho. O gênero potamotrygon são as arraias de fogo, mas precisamos desmistificar a ideia que se tem de que esses bichos são maus e agressivos. Uma arraia só vai ferrar alguém se ela for pisada ou se sentir ameaçada. É uma reação de defesa”, explica o pesquisador.
O Mangal das Garças funciona de terça a domingo, de 9h às 18h. O bilhete de acesso à reserva José Márcio Ayres custa R$ 5. Estudantes e crianças pagam meia e há gratuidade para idosos.