O auditório João Batista lotou na sessão especial da Alepa que debateu, hoje, o drama vivido por advogados do Pará, tendo em vista o alto índice de assassinatos e ameaças de morte aos profissionais, em razão do exercício da profissão, essencial ao exercício da justiça e cidadania.
O presidente da OAB-PA, Jarbas Vasconcelos, defendeu que o governador Simão Jatene peça ao ministro da Justiça apoio para prender os mandantes da execução do advogado Jorge Pimentel, em Tomé-Açu, caso que se tornou emblemático por envolver um prefeito.
Em discurso duro, Jarbas disse que a morte não tem cor partidária e pediu que os deputados aprovem uma moção no sentido de que o governador peça a colaboração da Polícia Federal.
Em discurso duro, Jarbas disse que a morte não tem cor partidária e pediu que os deputados aprovem uma moção no sentido de que o governador peça a colaboração da Polícia Federal.
A área de Segurança Pública do Estado estava muito representada, com os secretários adjuntos de Gestão Operacional, Coronel Mário Solano, e de Inteligência e Análise Criminal, Cláudio Galeno; a delegada geral adjunta, Christiane Lobato, e vários delegados de polícia, além do promotor Aldir Viana, representando o MPE-PA. A ausência de representante do TJE-PA foi sentida pelos presentes e lamentada pelo presidente da sessão, deputado Edmilson Rodrigues(PSOL).
O Conselheiro federal da OAB, Evandro Pertence, vice-presidente da Comissão Nacional de Defesa das Prerrogativas e Valorização da Advocacia, disse que o Pará sobressai nacionalmente em razão das mortes de advogados e pela impunidade dos crimes.
A violência é muita. Só hoje, até o final da manhã, haviam sido cometidos nove homicídios no Pará, três em Belém e seis no interior. Não de advogados, que fique claro. Os dados foram informados pelo delegado Cláudio Galeno, secretário adjunto de Inteligência e Análise Criminal da Segup. Que, entretanto, afirma que o aparato estadual está preparado para o enfrentamento e que trabalha em permanente cooperação, ainda que informal, com a Polícia Federal e o MPF.
O Coronel Mário Solano, secretário adjunto de Gestão Operacional, confirma a cooperação com a PF e revela que os avanços nas investigações não são divulgados para não prejudicar os resultados, mas garante que a prisão dos mandantes e executores dos crimes é iminente.
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