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O trânsito no entorno da Assembleia Legislativa do Pará é inadmissível em qualquer lugar minimamente civilizado do planeta. Depois que a Câmara Municipal de Belém passou a realizar as suas sessões no Palácio Cabanagem, por conta da reforma em sua sede própria, o que já dura dois anos, a situação se agravou muito. Há filas duplas dos dois lados na alameda entre a Av. Portugal/XVI de Novembro e a Rua do Aveiro (ou Tomásia Perdigão), restando apenas meia pista para o tráfego de veículos. Alguns estacionam no passeio da Praça Dom Pedro II, de pedras de lioz.

E, ainda, pessoas sem noção de cidadania e de respeito à vida circulam com seus veículos (motos e carros) na contramão. Hoje (28) um reluzente BYD branco, estalando de novo, trafegava no sentido inverso, sem o menor constrangimento de seu condutor.

Vale lembrar que trata-se de sítio histórico, artístico e cultural de imenso valor. Além de berço da cidade, foi naquele entorno que eclodiu a Cabanagem, há 190 anos. Ali estão localizados também o Palácio Lauro Sodré, antiga sede do governo do Pará, hoje Museu do Estado, o primeiro prédio neoclássico construído no Brasil, obra do arquiteto italiano Antônio Landi, e o Palácio Antonio Lemos, sede da Prefeitura de Belém, projetado por José da Gama Abreu em 1860, ambos expoentes da belle époque amazônica.

A polícia de trânsito poderia – e deveria – agir.

Imagem de ontem de manhã, por Sérgio Lobo.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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