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Mais um peixe grande da política parauara caiu na rede do MPF e está pra lá de enrolado. Lembram do escândalo
da “caixinha”? Pois é. Agora o STF
abriu inquérito para investigar o deputado Zequinha Marinho (PSC-PA), acusado
de peculato e concussão, por recolher 5% dos salários dos funcionários do seu
gabinete parlamentar para a formação da tal
caixinhado partido. Série
de reportagens do 
Congresso em Foco mostrou como funcionava o esquema. Na
época, Zequinha Marinho, em entrevista, admitiu a prática, justificando,
candidamente: “É uma coisa justa e
correta. Se não quiser, não vai, não se mete em política.
Todo mundo faz”.
O ministro Gilmar
Mendes, relator do caso, determinou que a Polícia Federal ouça 23 servidores e
ex-servidores do gabinete do deputado que integravam uma lista de pessoas que
contribuíam para a indigitada caixinha.
Na segunda-feira passada, Zequinha
Marinho disse ao Congresso
em Foco
 que
a contribuição é e sempre foi opcional. E que nem sabe quantos dos seus
funcionários pagam os 5% ao PSC. O site parece ter mais interesse do que o
deputado, porque em um levantamento não só identificou os pagantes como
verificou que só três deles eram filiados ao PSC. Além do que há decisão do TSE segundo a qual mesmo servidores
filiados não podem ser descontados em seus contracheques a título de
contribuição partidária.
Em e-mail datado de 25 de março de
2011 à sua chefe de gabinete, Zequinha Marinho manda que ela peça ao então
assessor de imprensa Humberto Santos Azevedo, que não queria pagar os 5% sobre
o salário bruto, que “providencie com a
maior brevidade possível o depósito”
. A demissão veio, em novo e-mail do
deputado, seis dias depois, ante a falta de pagamento.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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