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O Grupo de Pesquisa, Estudos e Intervenção em Leitura, Escrita e Literatura na Escola da Universidade Federal do Oeste do Pará promove o X Seminário Lelit no período de 6 de outubro a 1º de dezembro de 2022, sempre às quintas-feiras, a partir das 19h, no canal do Lelit Ufopa no YouTube. Desde 2011 essas atividades de formação de leitores são desenvolvidas, através da organização de encontros de formação e oficinas de leitura. Este ano tema é “A arte é feita para incomodar”.

A primeira conferência será ministrada pelo poeta, dramaturgo e ficcionista paraense Rudinei Borges dos Santos. Natural de Itaituba, ele é autor dos livros Epístola.40: carta [des]armada aos atiradores (2016), Memorial dos meninos (2014), Dentro é lugar longe (2013), Teatro no ônibus (2013) e Chão de terra batida (2009). Rudney discorrerá sobre “Texto Teatral: invisibilidade e teimosias”. Diretor e pesquisador de teatro, Rudinei Borges também escreve peças a partir de estudo memorialista em história oral de vida e imersão em comunidades ribeirinhas amazônicas e favelas de São Paulo. O autor foi indicado ao Prêmio Shell de Teatro 2016 pela dramaturgia de Dezuó, breviário das águas.

No dia 13 de outubro será a vez do escritor, ilustrador, professor e artista plástico indígena amazonense Yaguarê Yamã falar sobre a literatura infanto-juvenil indígena. Formado em Geografia, é autor de onze livros infantis e juvenis. Depois de lecionar e dar palestras de temática indígena e ambiental por seis anos em São Paulo, Yaguarê retornou para seu povo, onde atualmente é liderança e luta pela demarcação de suas terras tradicionais.

Atriz e diretora formada pela Escola Internacional de Teatro Jacques Lecoq, em Paris, Rita Carelli fará a conferência do dia 27 de outubro, que terá como tema “Terrapreta: processo de criação literária”. Escritora e ilustradora, tem oito livros publicados, com destaque para a coleção “Um Dia na Aldeia”.

Em novembro serão duas conferências: a primeira no dia 11, com a professora Luzmara Curcino, do Departamento de Letras da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), “Sobre a (in)existência de uma cultura de leitura no Brasil”; e no dia 24, com o artista gráfico, ilustrador e escritor Maurício Negro, sobre “Ilustração: arte de reproduzir o visível ou de tornar visível o que está além?”. Designer identificado com temas ancestrais, mitológicos, ambientais, étnicos e ligados à diversidade cultural e artística brasileira, Maurício Negro já recebeu prêmios e menções no Brasil e no exterior.

O evento encerra com a conferência “Provocações da literatura indígena contemporânea”, a ser ministrada pela escritora e pesquisadora de literatura indígena brasileira contemporânea Julie Dorrico, que é descendente do povo Macuxi de Rondônia. Doutora em Teoria da Literatura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), é autora do livro Eu sou macuxi e outras histórias (2019).

O X Seminário Lelit tem o apoio do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Ufopa e parcerias do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Infantil (GEPEI) e do Grupo de Estudos Linguísticos do Oeste do Pará (Gelopa), ambos vinculados ao Instituto de Ciências da Educação (Iced) da Ufopa.

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