A notificação da Unimed Belém de descredenciamento dos laboratórios Amaral Costa, Beneficente e Dr. Paulo Azevedo a partir do dia 28 de abril de 2024 causou apreensão nos usuários, que imaginam as imensas filas nos remanescentes, considerando o que já acontecia antes. A operadora justifica a medida alegando que é para garantir a sua sustentabilidade e pede que a divulgação aos clientes ocorra de forma calma e assertiva, a fim de não causar tumultos e reclamações. No site há uma lista dos laboratórios que estão habilitados.
Em entrevista exclusiva e em off, um dos diretores garantiu ao portal Uruá-Tapera que não há motivo para alarde, e que o descredenciamento faz parte de um programa de redução de custo em razão de um negativo de R$18 milhões, que em relação à receita da Unimed Belém, de R$1.560 bilhão ao ano, equivale a 1,2%, insignificante, mas os sócios cooperados não gostaram, porque estão acostumados com sobras, que em cooperativa significa lucro para dividir. E este ano tiveram que fazer um rateio para cobrir esses R$18 milhões até dezembro. Por conta disso, foi tomada a iniciativa de fazer uma redução de custos com os terceirizados ou com os parceiros. E os três laboratórios não quiseram fazer uma redução na taxa de valores dos exames, de 0,22, para gerar logo de imediato equilíbrio financeiro para a Unimed. Mas é possível, na avaliação dos dirigentes da cooperativa, que em abril voltem a renegociar e a atender. Enquanto isso, há postos de coleta nas unidades na BR, na Doca, no hospital pediátrico, e a operadora vai ter que abrir mais postos próprios, além dos laboratórios Ruth Brazão, Biociências, Guadalupe e outros que continuam credenciados.
A Unimed Belém pretende reduzir também os custos em relação às OPMS (Órteses, Próteses e Materiais Especiais), quimioterápicos e medicamentos de alto custo. A operadora argumenta que as clínicas e hospitais estão cobrando muito caro e a Unimed gasta muitos milhões por mês para pagar essa conta. A Unimed sustenta que não haverá prejuízo para os usuários, que se trata apenas de uma negociação interna com os fornecedores no sentido de adequar valores para não desequilibrar a balança, e que não haverá desatendimento aos usuários. “Não vai haver descontinuidade no atendimento laboratorial aos usuários, de jeito nenhum, porque a Unimed tem a possibilidade de fazer compra direta na fábrica. Então, se as empresas não quiserem se adequar a novos valores para equilibrar a balança, a Unimed comprará direto nas fábricas, tanto quimioterápicos como OPME, sem prejuízo para os usuários, está todo mundo atento a isso, é uma questão de honra da Unimed”, asseverou.
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