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A governadora precisa colocar especialistas do setor hidroviário para orientar a licitação de embarcações. O catamarã Álamo, anunciado como solução para a falta de transporte rápido, seguro e confortável para o Marajó, malogrou na viagem inaugural em que levou apenas convidados. O percurso, que deveria ser de cerca de duas horas, levou mais de três. Está sem uma das hélices, o que ainda teria que ser providenciado para atender as cláusulas contratuais.
Ora, como é que a empresa foi declarada vencedora se não atendia aos requisitos do edital? Ninguém se preocupou em fiscalizar, é claro. O que é muito grave. E outras especificações são da maior importância. Por exemplo: o catamarã é de fibra de vidro? Sua estrutura suporta as enormes ondas que açoitam as embarcações no nosso verão amazônico, com fortes ventos, principalmente em agosto, setembro e outubro, em plena baía? Resiste, em caso de choque com troncos semi submersos que existem aos montes na perigosa travessia e são invisíveis a olho nu?
O Marajó precisa muito de transporte digno, não só na classe turística, mas também na popular. Afinal, a população pobre merece ser tratada como gente e não como gado. E o turismo pode ser o resgate da economia da região, proporcionando o surgimento de novos negócios e emprego da mão-de-obra local.
Setran, Arcon e CPH poderiam unir esforços e proporcionar essa chance ao Marajó e a todo o Pará, porque, como eu, por exemplo, muitos paraenses de outras regiões, além dos turistas de fora, amam o lindo arquipélago. Mas querem ir e voltar vivos, íntegros e felizes.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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