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A CPI da Pedofilia constatou a veracidade das denúncias do bispo do Marajó, Dom Azcona, e a situação crítica dos municípios do arquipélago, desestruturados e incapazes de enfrentar as formas perversas de violação de direitos de crianças e adolescentes. Redes de pedófilos, envolvendo políticos, empresários e traficantes de drogas e seres humanos agem à solta. Após as denúncias, as vítimas e suas famílias foram ameaçadas, tiveram que deixar a cidade e até hoje vivem escondidas, com vergonha e medo de represálias. Uma delas chegou a sofrer atentado.

Na sexta-feira passada, o Ministério Público Estadual reuniu com empresários de navegação que fazem a linha Belém-Marajó, para que eles assinassem um Termo de Ajustamento de Conduta destinado a combater a exploração sexual, com a adoção de medidas concretas para prevenir o transporte de crianças e adolescentes desacompanhadas dos pais ou responsável, ou sem autorização judicial. Pois os donos de embarcações simplesmente se recusaram a assinar o documento se obrigando a não permitir a prática de abuso, violência ou exploração sexual no interior de seus barcos e balsas, alegando – pasmem! – que tal conduta é motivo de demissão por justa causa e, por isso, a responsabilidade deve recair apenas sobre os empregados.

A sociedade paraense quer saber do MPE: vai ficar por isso mesmo?

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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