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FOTO: SAMUEL ALVARENGA
Finalmente Santarém, cidade tipicamente ribeirinha e a maior e mais importante do Oeste do Pará, vai ganhar um terminal hidroviário de cargas e passageiros. Apesar de ser polo regional, e o transporte de produtos e de passageiros se dar eminentemente pelo rio, as pessoas são tangidas feito gado por estreitas e perigosas pranchas, para sofrimento principalmente de idosos, cadeirantes e mães de bebês. No embarcadouro improvisado em frente à Praça Tiradentes, no bairro da Aldeia, quando chove alaga tudo e até para os trabalhadores portuários fica impossível a atividade.

O terminal será no bairro da Prainha, na área onde funcionou a antiga fábrica da Tecejuta. Terá 3,6 mil metros quadrados de área construída, com sala de embarque e desembarque, guichês para venda de passagens, guarda-volume, banheiros, fraldário, praça de alimentação com 404 lugares, área de espera com 801 lugares, espaço para órgãos intervenientes (Arcon-PA, Juizado, Conselho Tutelar, Sefa, Capitania dos Portos, Receita Federal e Polícia Militar), além de quiosques de informações e loja, escada rolante, plataforma vertical, estacionamento com 120 vagas para carros, 90 para motos e 60 para bicicletas, ponto de táxi e paradas para ônibus e microônibus. 

O espaço terá 5,6 mil metros quadrados de área para uso das empresas de transporte fluvial, píer flutuante com 3.600 metros quadrados, oito fingers de atracação (4 x 15 metros), rampa metálica biarticulada de 10 x 70 metros para acesso ao flutuante e passarela em concreto de 2.494 metros quadrados, com circulação separada entre passageiros e cargas. 

A área para atracação terá capacidade para comportar até 17 embarcações ao mesmo tempo, de maneira organizada. A obra está orçada em R$ 59.884.105,61 e a previsão é a de que em agosto de 2019 esteja pronta para funcionar. Os recursos foram obtidos através de operação de crédito do Governo do Estado junto à Caixa Econômica Federal, num pacote de mais R$ 80 milhões, aprovado à unanimidade pela Assembleia Legislativa, que inclui a construção de outros seis terminais na região (Curuá, Almeirim, Prainha, Faro, Terra Santa e Santana do Tapará), todos com obras já iniciadas.
 

O sonho começou a virar realidade há quatro anos, quando o atual presidente da Companhia de Portos e Hidrovias do Estado, Alexandre Von, era prefeito de Santarém e desapropriou o imóvel, com o apoio do Ministério Público. Ano passado, o prefeito Nélio Aguiar fez a cessão de uso para o Estado.

A Marinha (através do seu Centro de Hidrografia), a Agência Nacional de Transportes Aquaviários, a Secretaria de Patrimônio da União, o Instituto do Patrimônio Histórico e Arquitetônico Nacional e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente autorizaram o projeto.

Participaram da assinatura da ordem de serviço pelo governador Simão Jatene o senador Flexa Ribeiro, o deputado federal Arnaldo Jordy,  o presidente da Alepa, deputado Márcio Miranda, o deputado estadual Hilton Aguiar, os secretários José Alberto Colares (Seplan), Vítor Mateus (Sespa), José Megale (Casa Civil), general Jeanot Jansen (Secretaria Extraordinária de Assuntos Extraordinários), o delegado geral da Polícia Civil, Rilmar Firmino, o comandante do CPR I, coronel Heldson Tomaso, o comandante do 3º BPM, tenente coronel Aldemar Maués, os prefeitos de Belterra (Jociclélio Macêdo), Mojuí dos Campos (Jailson Alves) e Alenquer (Frei Juraci), os vereadores de Santarém Ney Santana, Chiquinho da Umes, Janderilson Rêgo, Valdir Matias Júnior e Alaércio Cardoso, além de outras autoridades, lideranças comunitárias e a população em geral.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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