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Paulo Chaves, Gilberto Chaves, Maria Sylvia e Miguel Campos Neto. Foto Cristino Martins

O aniversário de 20 anos da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz vai ser marcado por um concerto especial, destacando a evolução da OSTP, há 5 anos sob a regência do maestro Miguel Campos Neto. Em noite de gala no dia 16 de dezembro, será executado em primeira audição no Pará “Assim Falou Zaratustra” (Also sprach Zarathustra em alemão), poema sinfônico do compositor Richard Strauss, inspirado no tratado filosófico de mesmo nome de Friedrich Nietzche. A introdução é muito conhecida por ter sido usada como tema musical no filme 2001: Uma Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick. Outra peça importante vai dar a tônica do concerto: a suíte O Cavaleiro da Rosa (Der Rosenkavalier), uma fascinante homenagem à Viena dos tempos da imperatriz Maria Teresa, que estreou em Dresden, no dia 26 de janeiro de 1911. Richard Strauss, um dos maiores compositores do século 20, compôs a música para uma leve história de amor em estilo rococó, de autoria de Hugo von Hofmannsthal. Ainda de Strauss, as quatro últimas canções, com participação especial da soprano Kézia Andrade.

Em meio aos festejos pelas duas décadas da OSTP, criada pelo secretário de Estado de Cultura, Paulo Chaves, o diretor do Theatro da Paz, Gilberto Chaves, e a presidente do Sistema Integrado de Museus e Memoriais do Pará, Maria Sylvia Nunes, um detalhe curioso: o maestro Miguel Campos Neto participou, em 1996, então com 17 anos, da fundação da orquestra e a viu crescer, com a integração de mais músicos locais, é o regente titular desde 2011 da OSTP – além da Orquestra Jovem Vale Música e da Orquestra Sinfônica Altino Pimenta (da UFPA) – e vem fazendo apresentações com repertórios cada vez mais complexos e sofisticados, com qualidade. Um dos diferenciais do jovem e talentoso maestro é  que rege de memória, sem partitura, o que é raro no mundo inteiro. No Brasil, só ele e mais dois maestros são capazes dessa proeza. 

O Theatro da Paz precede a fundação do Carnegie Hall, de Nova York, do Teatro Municipal de São Paulo e do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, mas não havia orquestra sinfônica no Pará, na década de 90. O crescimento da OSTP é perceptível e motivo de orgulho. Com audições seletivas e o sistema de convênio com a Academia Paraense de Música, entidade parceira que possibilita a assinatura da carteira de trabalho de todos os integrantes da orquestra, hoje ela está com 66 músicos. 

Em novembro, dentro da temporada especial  comemorativa a seus 20 anos de criação, a OSTP se apresentará pela primeira vez fora do Estado e fará um concerto no Teatro Amazonas, em Manaus, em parceria com o Festival Música na Estrada. Além de participar do Festival de Ópera do Theatro da Paz, a OSTP faz concertos mensais e mantém um programa de concertos didáticos e um projeto de interiorização, concertos ao ar livre e participa, ainda, do Festival Internacional de Música da Fundação Carlos Gomes.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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