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Na escolha de
Zenaldo Coutinho para o secretariado considero particularmente feliz a de
Maísa
Tobias, que é engenheira, especialista em Gerenciamento do Transporte Fluvial,
Mestre em Engenharia Civil com ênfase em Geotecnia e Transportes, Doutora em
Engenharia de Transportes com ênfase em Planejamento e Operações de Transportes
e Pós-Doutora em Planejamento Urbano e Regional, professora da UFPA e autora de
vários estudos acerca da viabilidade de adoção de um
sistema aquaviário de
transporte urbano da Região Metropolitana de Belém, o que considero uma
necessidade premente, principalmente agora que chegamos a uma situação de
colapso no trânsito e no transporte coletivo.
Temos uma vocação natural para a utilização do transporte aquaviário. É
preciso criar condições para que ele evolua, seja devidamente aproveitado e regulamentado,
tenha sua importância econômica e social reconhecida. É um contrassenso a
população ser submetida ao caos diário dos engarrafamentos, da poluição
ambiental por queima de combustível e pelo ruído, além do alto índice de
acidentes pelo uso único da via rodoviária, ao invés de usufruir do meio
aquaviário, com a vantagem de ser ecologicamente recomendável e infinitamente
mais saudável.
Há,
hoje, a facilidade do entendimento dos prefeitos da RMB e o governador,
condição extraordinária para projetos que sempre esbarraram na diversidade de
conceitos e de interesses partidários. A implementação do transporte fluvial
pelas prefeituras na Região Metropolitana de Belém já foi inclusive tema de
debate na Câmara Municipal de Belém, em sessão presidida pelo ex-vereador
Carlos Augusto Barbosa(DEM), na qual fizeram parte da mesa de debate Maísa
Tobias e o arquiteto e urbanista Paulo Ribeiro, professor da UFPA e coordenador
de planejamento do projeto Ação Metrópole, do Governo do Estado. Na ocasião, dados
da Codem apontaram que a área de competência da CTBel na gestão do trânsito e
do transporte aquaviário em Belém abrange ao todo 39 ilhas que integram os
distritos de Icoaraci, Outeiro e Mosqueiro.
Um
sistema integrado de transporte rodofluvial, abrangendo toda a RMB, é a solução
para a dramática situação hoje vivida. Ainda mais agora que já estamos com meia
pista na Av. Almirante Barroso e logo vai precisar ser impedido o tráfego no
corredor da Av. Augusto Montenegro, o que prenuncia tempos ainda mais difíceis.
Quem não optaria por atravessar de barco, balsa ou ferry boat ao invés de
sofrer horas no engarrafamento?
O
projeto Portal da Amazônia, na orla da Av. Bernardo Sayão, prevê terminais de
passageiros e cargas. Há pontos em Mosqueiro, Icoaraci, Outeiro e Ananindeua
que podem ser utilizados. É preciso que o discurso do pacto saia da abstração e
se materialize, com a instituição de parcerias público-privadas, por exemplo,
que garantam segurança e conforto a passageiros, tanto no transporte em si
quanto no embarque/desembarque. Com técnicos na área, a esperança é de que
finalmente a questão tenha o tratamento que merece.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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