O empresário Albenor Moura de Sousa foi executado com uma rajada de balas na cabeça, hoje, em seu posto de combustíveis, em Itaituba, por dois homens em uma moto. Em maio deste ano, ele tinha sido absolvido pelo Tribunal do Júri, em Belém, da acusação de homicídio duplamente qualificado de Raimundo Messias de Oliveira, o Dinho, advogado da cooperativa de garimpeiros da Mineração Ouro Roxo, em Jacareacanga.
No dia 27 de setembro de 2003, em Itaituba, Albenor atirou na cabeça do advogado, limpou o sangue da vítima com alvejante para a mulher não descobrir o que tinha feito, enrolou o corpo em uma lona de plástico e o depositou em um poço desativado, no posto Jacaré. O corpo só foi encontrado quase dois meses depois, em adiantado estado de decomposição, após denúncia anônima à polícia civil. O cadáver tinha sido coberto por peças velhas de caminhões, areia e pedregulho. Albenor confessou o crime mas disse que Dinho estava armado e tentou puxar das suas mãos notas promissórias comprovando uma dívida de mais de R$1 milhão, pelo fornecimento de combustível e alimentos aos garimpeiros.
Por maioria, os jurados acataram a tese de legítima defesa e o
condenaram só por ocultação de cadáver. A pena foi fixada em um ano e seis meses, em regime aberto.