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O Parque Zoobotânico Mangal das Garças, em Belém, recebeu seis caboclinhos, uma das menores espécies de passarinhos. Eles costumam se alimentar de sementes, que dispersam pela natureza quando as expulsam do corpo, realizando um trabalho natural de plantação que contribui para a preservação da fauna local. As pequeninas aves foram doadas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Salvaterra, no arquipélago do Marajó, após a polícia local prender um rapaz que transportava os pássaros em uma moto roubada.

Os caboclinhos estão em quarentena e, quando estiverem liberados, irão compor a fauna da Reserva José Márcio Ayres, que é o nome do borboletário do Mangal das Garças, em homenagem ao brilhante cientista paraense José Márcio Ayres, um dos primeiros pesquisadores de primatas e plantas amazônicas. O espaço tem muitas plantas e bichinhos como, por exemplo, a vitória-régia, borboletas, beija-flores, pavõezinhos-do-Pará, arraias e até piranhas. Lá o público terá a oportunidade de admirar os pássaros mais de perto.

“É muito comum a captura destes tipos de pássaro na mata em Salvaterra. Provavelmente, os pássaros apreendidos tinham sido pegos há pouco tempo do habitat natural”, explica Camilo González, veterinário do Mangal das Garças, acrescentando que esses animais são oriundos da família Thraupidae. Apesar de serem muitos, a variação genética entre eles é muito pequena, o que torna difícil identificar as espécies pela aparência.

González diz que, normalmente, os pássaros machos e fêmeas têm notáveis distinções estéticas, mas no caso dos caboclinhos, não. “Chegaram seis caboclinhos machos para nós. Só que um macho tinha umas cores brilhantes, e os outros cinco são de cores bem apagadas, o que faz com que pareçam a fêmea da mesma espécie”, conta. A riqueza da biodiversidade da espécie acentua a importância dos estudos sobre ela.

O Mangal das Garças é administrado pela Organização Pará 2000, que é vinculada à Secretaria de Estado de Turismo.

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