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O meu amigo André Costa Nunes, marqueteiro, escritor e restaurateur, que
não é de se apoquentar por pouca coisa,
deixou comentário manifestando sua justa indignação no post “
Raios X do caos do trânsito“. Leiam: 

“Caríssima
Franssi,

A
ninguém é dado assumir compromisso com o erro. AS LOMBADAS ELETRÔNICAS COM
PASSAGEM DE PEDESTRE, NÃO DERAM CERTO! Vou todo dia a Marituba. Em média gasto
uma hora para percorrer 10 Km. Há muito entrei na tal de “melhor idade”.
Insisto em ser produtivo. Estava conseguindo até que o Dnit e suas lombadas me
nocautearam. 15 dias no estaleiro tratando de uma tendinite e inflamação no
menisco. Digo às pessoas que estou com denitite. Semana passada saiu um estudo
sobre os prejuízos diretos que os engarrafamentos causam a São Paulo: 40
bilhões de reais. Comparando o incomparável, a média de lá é de 100 Km/dia. Já
houve casos de beirar os 200 em vésperas de feriados. Aqui são 10 km. Todo dia.
10 de ida e 10 de volta. Em um cálculo livre, quase leviano, seriam 10% ou 4
bilhões de reais. Agora, sendo apenas livre e menos leviano deixemos por 1%.
Seriam 400 milhões. Deixo por 100 milhões. Isto é, um pronto socorro de Belém
por ano. Um Hospital Porto Dias! E isso, repito, apenas os custos diretos.
Combustível, óleo, pneus etc. Minha tendinite não está computada. É
irrelevante, admito, principalmente imaginando aquela quantidade enorme de
ônibus com trabalhadores a perder salários/horas ou duas ou três horas de sono
e produtividade, de ambulâncias com as sirenes se esgoelando, impotentes para
tentar salvar alguém com minutos ou segundos contados para atendimento médico.
Bombeiro, polícia e quejandos, são de somenos importância. 
Mas a questão é
simples: Pelo amor de deus, para quem reclamar? 
Será que não há uma autoridade
local, governador, deputado estadual, federal, senador, Ministério Público (de
ofício), que se sensibilize com esse descalabro de gastos e vidas? 
“Silêncio,
Musa”… parece que os homes só se sensibilizam com o protesto violento das
ocupações de repartições, pneus queimados nas ruas, choque e gás lacrimogêneo.
Obrigado por acatar este “jus esperneandi.
André Costa Nunes


Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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