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Pegou mal, muito mal – e ainda respingou
forte no diretor geral do Detran-PA, Walter Pena -, a decisão do secretário de
Segurança Pública Luiz Fernandes, que preside o Conselho Estadual de Trânsito, ao
cancelar a programação alusiva à Semana Nacional do Trânsito, alegando que iria
custar caro.
Trata-se de evento de cunho educativo que
acontece em todo o País, previsto no art. 326 do Código Nacional de Trânsito, destinado a pelo menos reduzir o altíssimo número
de mortos, mutilados e feridos em acidentes de trânsito nas ruas e rodovias.
Quanto
custa despertar na sociedade a importância do respeito às leis de trânsito

e o sentimento de que a solução para os problemas do tráfego é responsabilidade
de todos?
Qual o custo socioeconômico dos
acidentes, que inclui danos materiais, custos médico-hospitalares; operação de
sistemas de atendimento, congestionamentos; despesas de funerais, administração
de seguros, processos judiciais e perda de rendimentos futuros?
E
quanto custam as vidas perdidas ou irremediavelmente lesionadas, com sequelas
físicas, mentais e psicológicas em acidentes que poderiam ser evitados?
O Brasil é o quinto
país com mais vítimas no trânsito, atrás apenas de Índia, China, Estados Unidos
e Rússia. As prováveis causas do crescimento das mortes são o consumo de álcool
e o aumento do número de motocicletas. Um quarto das mortes em acidentes no ano
passado envolveu moto e o número de vítimas por acidentes aumentou em 24% em
oito anos, segundo dados do Ministério da Saúde em 2011.
Em nosso País mata-se, por ano,
cerca de 37 mil pessoas e provoca-se a internação de outras 180 mil, com um
impacto de cerca de R$34 bilhões. Dados do DPVAT de jan/2012 apontam para
366.356 indenizações, sendo 58.134 por morte; 239.738 por invalidez permanente
e o restante por despesas hospitalares.
O Brasil é signatário da resolução da ONU – Pacto pela
Redução, que estabelece entre 2011 e 2020 a “Década de Ação para Segurança
Viária no mundo”, e na qual se compromete a planejar ações e as executar
de forma coordenada estabelecendo metas de redução em 50% das mortes em
acidentes em dez anos.
Assistam
ao vídeo aí em cima e vamos cultivar a paz e preservar vidas no trânsito. 

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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