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O Hospital Pronto Socorro da 14 de Março está superlotado como sempre, com paciente saindo pelo ladrão. É um verdadeiro ‘postão’ de saúde, que atende desde unha encravada até traumatismos cranioencefálicos, de pacientes da região metropolitana de Belém e do mais longínquo interior do Estado. Não tem obra de expansão ou melhoria que dê jeito, pois a saúde não se resume à urgência e emergência, como entendem os burocratas encastelados na Sesma.

Quem diz isto não sou eu. É o Sindicato dos Médicos do Pará.

O que eu digo: minha empregada doméstica faltou desde o sábado. Seu filho de 8 anos quebrou a perna. Ela foi ao Hospital Metropolitano de Belém e lá disseram que não podiam atender, que havia uma máquina quebrada. Então ela foi ao PSM da 14 de Março – sim, aquele que acaba de, vejam só, inaugurar ala infantil, nos encartes publicitários -. Não havia leito, nem cadeira, nem sequer material para imobilização. Ela andou de Seca a Meca com o pequeno gritando de dor, e não conseguiu atendimento. Voltou com a criança ontem, lá, e só então aplicaram duas injeções no garotinho, colocaram uma tala envolvida com gaze em sua perninha e ele está lá, sentado numa cadeira.

A população de Belém não aguenta mais. O que está faltando para o Judiciário obrigar o prefeito de Belém a cumprir suas obrigações constitucionais e legais?
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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