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A Operação Miqueias está fedendo. Três deputados federais flagrados
pela escuta telefônica em ligações suspeitas com o esquema de lavagem de
dinheiro e desvio de recursos de fundos de pensão já tiveram seus nomes
expostos pela Polícia Federal, que também deixou escapar que um governador
estaria envolvido, sem dizer qual, o que só aumenta o frenesi nacional. Prefeitos
e até funcionários da Presidência da República e do Ministério da Previdência,
estes já exonerados, estão no olho do
furacão
. As investigações já estão no STF.
Além das conversas telefônicas, a PF identificou valores lançados numa
agenda do doleiro Fayed Traboulsi, o que levantou a suspeita de pagamentos de
comissão. O nome do deputado Eduardo Gomes(PSDB-TO), atual secretário de
esporte de Tocantins, aparece ao lado de valores, por exemplo. Waldir Maranhão (PP-MA) e David
Alcolumbre(DEM-AP) aparecem nas gravações.
O deputado David Alcolumbre admite que conversou com o doleiro
“umas três vezes”, mas só sobre política, seu Estado e a relação com
o Congresso. O deputado Eduardo Gomes confirma que “conhece
socialmente” o doleiro há muitos anos, disse que Fayed o procurou e pediu
indicação de prefeitos para oferecer fundos de investimentos, que os prefeitos reuniram
mas não fecharam nenhum negócio com ele, e nega ter recebido qualquer valor
para intermediar os encontros.
A quadrilha oferecia vantagens indevidas a prefeitos e gestores de
previdências municipais para que investissem em fundos suspeitos. A fraude movimentou
R$ 300 milhões em 18 meses. 
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, membro da Academia Paraense de Jornalismo, da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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