0
Vejam só: através do e-mail oficial da Secretaria de Comunicação, jornalistas receberam – eu não, fui excluída do mailing em janeiro deste ano, mas colegas me encaminharam a mensagem – a história de três irmãos, com idade entre 5 e 10 anos, que foram separados da mãe – à força – pelo pai e abandonadas na rodoviária de Belém, há mais de dois anos, resgatados pelo Conselho Tutelar e acolhidos na Creche Casa Lar Cordeirinhos de Deus, que atende crianças carentes de 0 a 14 anos em risco social ou com doenças graves.

Prossegue o relato dando conta de que, no final do ano passado, localizaram a mãe das crianças em São Paulo e o Judiciário autorizou a ida deles para lá. O final feliz, diz a mensagem, depende da ajuda para comprar as quatro passagens de avião (uma para a diretora da creche, a fim de levá-los).

Os coleguinhas, pasmos, perguntam-se se por que a Secom propõe que façam uma vaquinha, ao invés de utilizar os recursos do Governo do Estado para tal, através de seus órgãos voltados ao amparo à infância.

Atualização: o governo do Estado já garantiu as passagens das crianças e da acompanhante. Importante chamar a atenção de todos para o protagonismo da creche Cordeirinhos de Deus. São mais de 150 crianças em situação de risco abrigadas (algumas delas 24h/dia), para cujo sustento conta apenas com a solidariedade de pessoas que assistem a instituição financeiramente, propagam o trabalho em busca de novos parceiros fixos ou eventuais e têm responsabilidades distintas, assumindo compromissos como educadores, assistentes sociais, serventes, cozinheiros, monitores, factotuns e até palhaços. Vale a pena conhecer e ser voluntário da entidade. A desigualdade social é um problema de todos nós.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

Doação de equipamentos apreendidos

Anterior

Sonho de barnabé

Próximo

Vocë pode gostar

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *