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Autoridades e cientistas da Irlanda estão perplexos após a descoberta de um Pacu em um pitoresco lago no interior do país no último final de semana de fevereiro. Sim, um Pacu, o nosso peixe da Amazônia. Achado por Steve Clinch, proprietário de uma pousada de pesca, o peixe deixou a comunidade local intrigada e gerou especulações sobre como essa espécie, considerada exótica na Europa, acabou em águas irlandesas. Pesando aproximadamente dois quilos, o Pacu foi encontrado sem vida às margens do Lago Garadice, que fica a cento e quarenta quilômetros de Dublin. Steve Clinch relatou o achado às autoridades locais após constatar que o animal parece ter sido introduzido vivo no lago e posteriormente falecido.

O Inland Fisheries Ireland, instituto responsável pela gestão e conservação dos recursos de água doce na Irlanda, está investigando o mistério. O peixe, que agora está refrigerado em um laboratório, será objeto de análises para determinar sua origem e a possível presença de parasitas ou doenças. Até o momento, o Instituto enfatiza que apenas um exemplar foi encontrado, não indicando a existência de uma população da espécie no lago. A hipótese levantada pela assessoria de imprensa do Inland Fisheries Ireland sugere que o Pacu pode ter sido liberado de um tanque particular de peixes. Na Irlanda, a criação de peixes não nativos é regulamentada para proteger os ecossistemas aquáticos e a biodiversidade local.

Em resposta à viralização do caso nas redes sociais, o Ibama afirmou que não foram identificadas exportações de peixes nativos do Brasil para a Irlanda nos últimos doze meses. No Brasil, o Ibama regula a exportação de espécies nativas de peixes, visando preservar a fauna e flora aquáticas do país. A legislação estabelece requisitos rigorosos para a exportação e importação de peixes de águas continentais, marinhas e estuarinas, com foco em objetivos ornamentais e de aquariofilia.

É óbvio e ululante que o caso virou piada entre a comunidade brasileira na Irlanda – que não é exatamente pequena – e o meme “peixe intercambista” bombou. Sinceramente, vocês não acham que a solução deste mistério está num indefectível isopor escondido na mala de algum paraense expatriado? Eu tenho certeza absoluta!

Foto: Arquivo pessoal/BBC Brasil

Gabriella Florenzano
Cantora, cineasta, comunicóloga, doutoranda em ciência e tecnologia das artes, professora, atleta amadora – não necessariamente nesta mesma ordem. Viaja pelo mundo e na maionese.

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