Hoje foi um dia inesquecível para os amantes do ciclismo, com a terceira vitória de Tadej Pogačar no Tour de France, que ostentou uma margem considerável de 6’17” sobre o dinamarquês Jonas Vingegaard. O esloveno de 26 anos é o primeiro ciclista, desde Marco Pantani, a vencer o Tour de France e o Giro d’Italia no mesmo ano. Vitorioso em seis etapas, o maior número para qualquer ciclista desde 2009, Pogačar também quebrou outro estigma: desde 1948 nenhum atleta havia vencido cinco etapas de montanha – que rendem as famosas camisas de polka dots (bolinhas vermelhas) – em uma única edição da corrida. O belga Remco Evenepoel conquistou o terceiro lugar, o português João Almeida o quarto lugar e o espanhol Mikel Landa (o único trintolescente do top 5) terminou em quinto lugar.
O consagrado atleta britânico Mark Cavendish, que ostenta um recorde de trinta e cinco vitórias em etapas, concluiu seu último Tour de France com toda a honra e apreciação que merece pela forma que marcou o esporte. Biniam Girmay, da Eritréia, tornou-se o primeiro ciclista africano a vencer uma classificação no Tour de France, vestindo a camisa verde (dada ao ciclista que acumular mais pontos durante a corrida). O equatoriano Richard Carapaz vestiu a indefectível polka dot por ser o vencedor da classificação de montanha, conquistando a primeira classificação final de seu país na história do Tour de France. Remco Evenepoel ganhou a premiação de atleta jovem.
Pogačar comemorou o seu feito no Tour de France 2024 de forma bastante descontraída pelas ruas de Nice. Foi a primeira vez, desde 1903, que a competição não terminou em Paris. A decisão foi tomada por causa dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, que têm sua abertura na próxima sexta-feira, dia 26 de julho, na cidade da luz, e que já está fervilhando com a chegada de delegações do mundo inteiro.
Aliás, hoje foi um dia de emoção para outro ciclicista, nada a ver com o Tour: o brasileiro Ulan Galinski, competidor de mountain bike. É que ele, ao desembarcar no aeroporto de Orly, deu de cara com a própria tia, que é motorista voluntária das Olimpíadas. Nenhum dos dois tinha a mínima ideia de que se encontrariam. A médica aposentada é irmã do pai do atleta baiano, que é francês, e os dois não se viam desde 2019. Ulan contou, em entrevista para o GE: “hoje, por coincidência, mandaram ela para o mesmo aeroporto que eu iria chegar. Quando saí do aeroporto, ela veio correndo me abraçar e eu fiquei muito surpreso e emocionado. Tivemos um momento muito lindo e especial e foi uma alegria imensa. Todos os voluntários em volta também ficaram super felizes e ninguém acreditou. Solicitei para a minha confederação, que já estava com uma van esperando para nos levar até a Vila (Olímpica), para poder ir com ela e eles liberaram. Entre mais de 40 mil voluntários que estão aqui nos Jogos, fui levado pela minha tia no meu primeiro dia de Paris. Sem dúvida, um momento que guardarei para sempre no meu coração”.
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