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Maria de Nazaré Furtado Vieira, de 50 anos, moradora de São Sebastião da Boa Vista, no arquipélago do Marajó, é paciente oncológica (câncer no pulmão) em estado muito grave, está sofrendo dores torácicas fortíssimas, com saturação baixíssima, precisando com a máxima urgência de suporte de UTI com respirador, e desde o dia 02 está no sistema de regulação, com laudo e pedido de remoção aérea do hospital municipal de SSBV – que não dispõe de especialista e muito menos de medicação e equipamentos necessários – e internação em UTI hospitalar em Belém com o perfil de atendimento oncológico, sem que seja providenciado o transporte e a vaga pelo sistema de regulação da Sespa. Urge que alguém tome providências antes que essa pobre mulher aumente as estatísticas dos mortos por falta de assistência.

A saúde pública no Pará precisa de urgente reformulação e da atenção do Ministério Público Federal, do Ministério Público Estadual e dos Ministérios Públicos de Contas, além da Controladoria Geral da União. Durante estes dois anos de pandemia os recursos repassados pelo governo federal foram volumosos mas nenhum hospital municipal foi sequer reformado, muito menos equipado e ampliado. Nenhum barco hospital foi adquirido. Os hospitais regionais idem. Os hospitais de campanha foram desmontados e em nenhum momento foi informado ao distinto contribuinte aonde foram parar os equipamentos que neles eram utilizados.

A população das regiões de ilhas e do Baixo Amazonas, mais distantes da capital, continua à mercê de deslocamentos sofridos e na maioria das vezes a morte chega antes. É uma tragédia silenciosa, invisível assim como são todos os desvalidos. Direitos humanos, dignidade, direito à vida e à saúde, aonde foram parar?

Vejam nas imagens os documentos e a situação terrível da paciente.

Adolescente com feto morto no ventre há 4 dias sem atendimento na Santa Casa do Pará

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