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Hoje (10) é o Dia Internacional dos Museus e Centros de Ciência. Até amanhã, o céu mostrará as conjunções com Saturno e Júpiter. Dia 19 na madrugada de Lua Cheia haverá um eclipse quase total com a lua se pondo nos céus do Brasil. Mas a ciência goza de pouco apreço no país. Desde julho o Observatório Nacional e o Museu de Astronomia e Ciências Afins – vinculados ao Ministério de Ciência e Tecnologia e Inovações (MCTI) – vêm sendo comandados por interinos. Os orçamentos minguados não despertam a menor cobiça nem nos políticos do ávido Centrão.

O Observatório Nacional celebrou em 15 de outubro 194 anos. Criado em 1827 por Dom Pedro I, cinco anos após a independência do Brasil, nestes quase dois séculos a importante unidade de pesquisa desempenhou papel essencial no estabelecimento das bases da astronomia, da geofísica e da metrologia em tempo e frequência no Brasil. A astronomia pesquisa o universo profundo. Já a Geofísica estuda o planeta Terra, os recursos minerais, as atividades sísmicas e o campo magnético terrestre, entre outros temas.

Na área de Tempo e Frequência, o ON gera a Hora Legal Brasileira, o famoso horário de Brasília. Além disso, mantém programas de pós-graduação em astronomia e geofísica e atua na área de comunicação e divulgação da ciência.

No que tange à Geofísica, o pioneirismo do ON se consolidou com a implantação de redes de referência. A Rede Geomagnética Brasileira teve origem em 1915, com a criação do Observatório Magnético de Vassouras (RJ). Anos depois, em 1957, entrou em operação o Observatório Magnético de Tatuoca, situado na ilha do Outeiro, distrito de Belém do Pará, na região do equador magnético. Em 1978 foi criada a Rede Gravimétrica Fundamental Brasileira para apoiar empresas, laboratórios metrológicos e instituições científicas com um conjunto crescente de estações gravimétricas de alta precisão.

Já o Museu de Astronomia e Ciências Afins é um espaço de pesquisa, preservação, conservação e divulgação do patrimônio científico-cultural, material e imaterial. Local de reflexão e memória, a instituição guarda valioso acervo que é a base para contar a história da sociedade brasileira através das atividades museológicas. Há muito a fazer no sentido de conectar todas as áreas finalísticas do Museu e apresentar o olhar dos especialistas do MAST responsáveis pela conservação, preservação, investigação, estudo, pesquisa, educação, valor histórico, científico, técnico ou de qualquer natureza cultural à sociedade. Mas falecem os recursos necessários e a vontade política do mandatário da federação.

Nas imagens incríveis e inéditas de Leo Caldas, em sua página Fotografia e Astronomia, a Via Láctea em Pirenópolis(GO), trilha de estrelas no meio dos Lençóis Maranhenses, e a Via Láctea na Chapada dos Veadeiros, assim descrita pelo fotógrafo: “a lanterna do carro iluminava o asfalto, a lua acima iluminava o céu e a vontade de registar tudo isso iluminava meu coração”.  

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