As relações entre o Executivo e o Legislativo estão por um fio. Que já está um bocado esgarçado. E os ruídos de comunicação proliferam.
Ontem, na hora da sessão solene pelo Dia da Mulher, houve escaramuças entre a segurança da Alepa e integrantes da caminhada em defesa dos direitos das mulheres – organizada pela Coordenadoria de Promoção dos Direitos da Mulher e o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, da qual participaram representantes da União Brasileira das Mulheres, CUT e Funpapa, entre outras entidades -, animada pelo Arraial do Pavulagem.
É que a mulherada queria entregar solicitação de audiência pública para tratar da aprovação do fundo destinado ao Conselho, da garantia de capacitação das profissionais da área de segurança pública e um orçamento público para as políticas destinadas aos direitos das mulheres.
A segurança achou que se tratava de manifestação pela aprovação do empréstimo de R$366 milhões, barrou a entrada, houve tumulto, roupas rasgadas, mas depois uma comissão foi recebida pelas deputadas Simone Morgado (PMDB), Tetê Santos (PSDB), Regina Barata (PT) e pelo deputado Arnaldo Jordy (PPS).
Hoje de manhã, o equívoco persistiu, revelando o fosso nas relações institucionais dos dois Poderes. Ainda considerando ter havido ação indevida do governo, o presidente da Alepa, deputado Domingos Juvenil, interrompeu a sessão para comentar o episódio e lamentar que a comunicação não tenha sido feita como manda o protocolo. Foi o bastante para que Jordy e Bira Barbosa (PSDB) se manifestassem com veemência, tecendo duras críticas à governadora Ana Júlia Carepa e o deputado Parsifal Pontes (PMDB) chegasse a ameaçar apresentar pedido de impeachment.
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