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O STF deu prazo de 120 dias para que o Serviço Geográfico do Exército faça perícia topográfica e esclareça uma polêmica que se arrasta desde 1922, envolve 2,2 milhões de hectares na divisa entre Mato Grosso e Pará e pode mudar o mapa do País.


Há dúvidas sobre a validade de títulos de terra já concedidos pelos dois Estados e alguns moradores não sabem a quem cobrar por serviços ou pagar tributos. Localizada sobre a linha divisória entre Altamira (PA) e Guarantã do Norte (MT), a comunidade do Vale do 15 reúne 250 famílias nesta condição.


A divisa PA/MT foi definida por meio uma convenção em 1900. O traçado estabeleceu uma linha reta de cerca de 700 Km, ligando o ponto mais ao norte da ilha do Bananal, no rio Araguaia, até o Salto das Sete Quedas, no rio Teles Pires.

Em 1922, o Clube de Engenharia do Rio produziu cartas atualizadas dos dois Estados. Nelas, o ponto inicial seria a Cachoeira das Sete Quedas, supostamente cerca de 150 Km ao sul do ponto original. A possibilidade de um equívoco só foi cogitada em 1952, em levantamento cartográfico oficial chefiado pelo então general Cândido Mariano da Silva Rondon.


A procuradoria-geral do Pará diz que o alegado erro não passa de uma “história da carochinha” inventada pelos mato-grossenses. E que não houve engano e sim alteração do nome da queda d’água.

Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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