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Fiel ao seu estilo simples e discreto,  o secretário de Estado Adnan Demachki atribuiu o seu título de “Minerador Honorário” concedido pelo Simineral, ao Estado. Ao receber a honraria, ele enfatizou que a atividade minerária é extremamente importante para o Estado, mas, apesar de responder por 26% do PIB estadual, gera pequeno percentual de arrecadação de impostos, só 4% de ICMS e 3% dos empregos diretos no Pará.
‘Os esforços que almejamos construir junto com o setor são no sentido de podermos agregar valor à produção minerária, não exportar somente in natura. Eis o desafio. É claro que se vai exportar, mas que parte disso seja beneficiado em nosso solo, agregando valor aos produtos e aumentando os percentuais de emprego, níveis de renda e recursos’’.

Adnan lembrou que no último dia 7 o governo do Estado celebrou protocolo de intenções com a empresa Alloys, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, pelo qual a Albras fornecerá matéria-prima para a multinacional produzir em Barcarena rodas de carros, tarugos, esquadrias e perfis de alumínio, entre outros produtos beneficiados. Esse minério que era todo exportado agora se transformará em, no mínimo, 600 novos empregos.

Já pelo protocolo de intenções assinado também no início de março, para esforços conjuntos com foco na implementação de uma siderúrgica em Marabá, a Vale coloca à disposição da Cevital, além de cooperação técnica, todos os estudos e projetos já elaborados, a transferência do terreno de sua propriedade, que seria destinado à construção da Alpa, suprimento em bases comerciais de minério de ferro e serviços logísticos para o empreendimento, além das licenças ambientais do projeto. “Novos passos deverão vir neste sentido”, adiantou Demachki.

Durante o lançamento do Anuário Mineral 2016, aliás, o blog comentava com os advogados Jorge Alex Athias e Fernando Scaff acerca da necessidade de que a população parauara crie consciência coletiva a respeito da importância e dos impactos ambientais e socioeconômicos da atividade minerária no Estado, e que o tema seja acolhido na grade das escolas e universidades. Como professores doutores e especialistas na área, ambos já promovem a informação e o debate nas salas de aula, mas é preciso que se dissemine. 


Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

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