0
Do ministro Celso de Mello, decano da Corte, ao saudar a nova presidente do STF, ministra Carmen Lúcia, hoje: 

“É por isso que se impõe proclamar, com absoluta certeza moral, que os cidadãos desta República têm o direito de exigir que o Estado seja dirigido por administradores íntegros, por legisladores probos e por juízes incorruptíveis, pois, afinal, o direito ao governo honesto constitui prerrogativa insuprimível da cidadania.” 

Ele lembrou a advertência do professor Celso Lafer, para quem nenhum cidadão poderá viver com dignidade em uma comunidade política corrompida: 

É por essa razão que a República se vê comprometida quando prevalece, no âmbito dos governantes, em detrimento do senso de Estado, o espírito de facção voltado não para a utilidade comum, mas para assegurar vantagens e privilégios para grupos, partidos e lideranças. (…).” 

Citou o ex-ministro do STF Aliomar Baleeiro, que também foi deputado federal, em sua obra “A Política e a Mocidade”, 2a ed., 1957, Progresso): 

A política é a conquista do poder a serviço do bem comum. Logo, fica excluída a gula do poder para gozo próprio, ou de sua família ou classe. Se ao político, no interesse comum, é defeso o emprego de meios imorais (…), que nome terá quem, sob a capa da política, esconde apenas o apetite depravado de usufruir as vantagens do poder, monopolizando-o, degradando-o a instrumento de opressão e abastardamento de seu país? Esse é apenas o delinquente da política. Será tratado como tal se malograr-se o crime.” 

E reproduziu as palavras do deputado Ulysses Guimarães, na sessão solene de promulgação da vigente Constituição, ao encerrar os trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte:

A vida pública brasileira será também fiscalizada pelos cidadãos. Do presidente da República ao prefeito, do senador ao vereador. A moral é o cerne da Pátria. A corrupção é o cupim da República. República suja pela corrupção impune tomba nas mãos de demagogos, que, a pretexto de salvá-la, a tiranizam. Não roubar, não deixar roubar, pôr na cadeia quem roube, eis o primeiro mandamento da moral pública.”

Bravo! Assino embaixo.
Franssinete Florenzano
Jornalista e advogada, presidente da Academia Paraense de Jornalismo, membro da Academia Paraense de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico do Pará, da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo e do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós, editora geral do portal Uruá-Tapera e consultora da Alepa. Filiada ao Sinjor Pará, à Fenaj e à Fij.

15 anos do Estatuto da Cidade

Anterior

É tempo de Çairé no Caribe da Amazônia

Próximo

Vocë pode gostar

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *