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Com o tema “30 anos de luta, nossa marcha continua e se renova: mulheres negras amazônidas em luta por justiça ambiental e racial”, a 7ª edição da Marcha das Mulheres Negras de Belém movimentou a Av. Presidente Vargas, a partir da Escadinha do Cais do Porto, ao anoitecer, até a Praça da República, onde houve um ato público no Quilombo da República.

O evento, que também é alusivo ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, comemorado todo dia 25 de julho, contou com apoio da Prefeitura de Belém e lembrou os trinta anos do primeiro encontro das mulheres negras, ocorrido na República Dominicana, em 1992.

Lideranças femininas de religiões de matrizes africanas fizeram bênçãos especiais na saída do cortejo e no Quilombo da República, considerado local sagrado para a população negra, pois ali eram enterradas pessoas escravizadas no período colonial.

As mulheres em marcha pautaram as causas sociais durante a caminhada. “Este é o momento em que buscamos chamar a atenção da sociedade para um dos maiores grupos demográficos do Brasil, que muitas das vezes é invisibilizado. Mostrar que necessitamos de políticas públicas específicas para nos atender”, explicou a representante da organização do evento, Flávia Ribeiro.

“Hoje nós mulheres viemos mostrar nossos rostos e falar por nós mesmas. A gente sente a falta de políticas públicas para nós, então viemos hoje mostrar nossa voz”, afirmou a ativista quilombola Érica Monteiro.

Representando a Prefeitura de Belém no ato, a coordenadora da Mulher de Belém, Emanuelle Raiol, destacou o apoio da PMB ao movimento. “A Prefeitura de Belém, uma gestão popular, entende a pauta das mulheres como algo prioritário. Neste evento, o protagonismo é dos movimentos sociais”.

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