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O Secretário de Estado de Turismo do Pará, André Dias, está em agenda com representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nos municípios de Santarém e Belterra até este domingo (20), na região do Tapajós. Trata da captação de recursos e investimentos em empreendimentos turísticos, e vistoria as obras do Museu de Ciência da Amazônia (MuCa), cuja inauguração está prevista para ainda neste primeiro semestre, em Belterra. Na última quinta-feira (17) e sexta-feira (18), a comitiva visitou as obras e edificações da Vila Americana que compõem as instalações do MuCa e conheceu o Plano Museológico, bem como assistiu à apresentação sobre o espaço, suas demandas e cronograma de execução. Um momento especial foi a visita à hospedaria do MuCa para conhecer os projetos de formação empreendedora com jovens do Ensino Médio.

“O BNDES foi recebido para tomar conhecimento das potencialidades turísticas de Santarém e Belterra. Fomos convidados pela Setur para o evento, uma vez que o turismo também é uma vertente do desenvolvimento econômico, e como a diretriz do governador Helder Barbalho é de que as Secretarias do Estado trabalhem sempre juntas, estamos aqui em parceira com a Setur e Secult com este intuito, priorizando a geração de emprego e renda para a população”, comentou o secretário adjunto de Desenvolvimento, Mineração e Energia, Carlos Ledo.

Também estão lá representantes do Ministério do Turismo (MTur), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Secretaria do Patrimônio da União (SPU), Ministério Público, Sebrae e os prefeitos de Santarém, Nélio Aguiar, e de Belterra, Castro Macedo. Em reuniões de trabalho, estão sendo pensados novos projetos para o desenvolvimento do turismo no Tapajós, revela o secretário André Dias, explicando que o MuCA está sendo construído na área da antiga Vila Americana, e além dos significados artísticos, educativos e museológicos, vai fomentar a qualificação e capacitação profissional dos próprios habitantes de Belterra, que irão se apropriar do equipamento, gerando novas possibilidades por meio do turismo científico e da educação empreendedora em áreas científicas, produtivas, turísticas e culturais focadas na preservação da floresta e seus recursos naturais.

O investimento total no Museu de Ciências da Amazônia é de R$ 17,6 milhões, R$ 10,5 milhões financiados pelo BNDES, que incluem a restauração das duas caixas d’água e do Hospital Henry Ford, sede do MuCA, e o restante financiado pelo Governo do Estado para a recuperação do sistema de abastecimento de água de Belterra e manutenção das edificações. O museu será composto por dois laboratórios, duas áreas expositivas, e um auditório multimídia de 60 lugares, coleção natural de espécies da Amazônia e área educativa e administrativa. O Instituto Butantan, um dos parceiros do projeto, irá deslocar seu quadro de pesquisadores e técnicos para apoiar as atividades museológicas e educativas. Já a Fundação Getúlio Vargas entrará como parceira na educação empreendedora com foco na bioeconomia.

A área de pesquisa do museu será dotada de uma sala para preparo de materiais para os laboratórios, recepção para animais peçonhentos e outros, com sala anexa para orientação e trabalho em grupos e um laboratório multidisciplinar com utilização para diversos fins, como por exemplo, microbiologia, zoologia e ecologia. O setor de exposições abrigará mostras temporárias, com temas relacionados à saúde, meio-ambiente e ciências, uma sala para coleções zoológicas com laboratório de apoio e outra de exposição permanente de acervos e documentação da história da saúde em Belterra. O programa educativo do MuCa tem como objetivo aproximar a comunidade local das pesquisas produzidas pelos cientistas na região, demonstrando o potencial da biodiversidade do território relacionado ao rio Tapajós.

Inicialmente intitulado “Museu de Selva”, o MuCA resulta de um projeto do Instituto Butantan em conjunto com a Organização de Desenvolvimento Cultural e Preservação Ambiental (Ama Brasil), com sede em São Paulo. A parceria com a prefeitura municipal foi firmada em 2015, mas a execução do projeto só começou no final de dezembro do ano seguinte. Entretanto, o empreendimento cresceu muito mais. Com base em parceria com o governo do Estado, a organização social de interesse público (Oscip) conseguiu mais de R$ 19 milhões, obtidos principalmente através de doações e subvenções do BNDES, através dos ministérios da Cidadania e da Cultura, e aportes de empresas, lideradas pela DTA Engenharia.

O projeto arquitetônico concebido em 2010 pelo escritório Costa e Macedo Arquitetos Ltda e Gepas Arquitetura e Restauração Ltda, em área de dois mil metros quadrados, toma como base terreno circular para a implantação de um edifício quadrado com pátio central e aberturas para todas as faces. Sobre uma plataforma elevada do solo, a estrutura de madeira segue um simples, porém rigoroso, sistema modular para abrigar os programas do Museu, áreas técnicas e administrativas, bem como as áreas de interação e convívio dos visitantes. A circulação pode ser feita seguindo o projeto expográfico ou, de modo informal, pela varanda interna coberta que encerra o pátio central. Amplas aberturas permitem a iluminação natural de forma lateral, evitando sombras sobre as bancadas de trabalho, além de favorecerem a ventilação cruzada que, consideradas as orientações do terreno e da própria construção, ampliam a eficiência energética

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