O Procurador-Geral de Justiça do Estado do Pará, César Mattar Jr., recebeu em audiência o advogado Arnaldo Jordy e uma comissão integrada por Simone Pereira, da Universidade Federal do Pará; Marcelo Alves, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade; dois representantes do Instituto dos Ribeirinhos do Pará, Paulo Feitosa e Luciana Margalho e Raimunda Souza, da Cooperativa de Pescadores de Vila do Conde; Pedro Furtado, da Rota do Açaí – Polo do Baixo Tocantins; Cláudia Costa, da Associação Bom Jardim; Carlos Pará, do Açaí TechLab; e Sidney Santos, da Comunidade Costa do Arapari. Em pauta, pedido de providências quanto às consequências do incêndio ocorrido em dezembro do ano passado, em Vila do Conde, município de Barcarena, nas dependências da Imerys Rio Capim Caulim S/A. O fato está sendo apurado pela Promotoria de Justiça de Barcarena, em ação civil pública. Outros problemas ambientais recorrentes, causados pelos empreendimentos instalados na área, foram denunciados ao MPPA. Participaram da audiência a coordenadora do Centro de Apoio Operacional Ambiental (CAO Ambiental), Albely Lobato; e a Chefe de Gabinete da PGJ, Érika Menezes.
Entre os problemas relatados pelos representantes das comunidades próximas às plantas industriais de multinacionais instaladas em Barcarena, figura a contaminação dos rios e igarapés por resíduos industriais. A poluição hídrica causa prejuízo à saúde das pessoas, principalmente as ribeirinhas, compromete a fauna e o uso das águas para fins comerciais, industriais, de geração de energia e lazer. A poluição do ar também vem causando problemas pulmonares em adultos e crianças. De uma maneira geral, além de comprometer a saúde da população, a não observância das regras de segurança ambiental ocasiona prejuízos à vida social e social do município.
Após ouvir os relatos e as demandas, o PGJ César Mattar Jr informou que a coordenadora do CAO Ambiental, Albely Lobato, agendará uma reunião de trabalho para o mês de fevereiro, com a participação do promotor de justiça Renato Belini e dos promotores de Justiça que integram o GT Barcarena, inclusive a PJ ambiental de Abaetetuba. Nesse encontro será elaborado um cronograma, com pautas pontuais junto aos órgãos públicos envolvidos à área ambiental e às áreas sociais afetadas pelas consequências da atividade industrial na região. As empresas também serão ouvidas.
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