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Os fofos e brincalhões macacos-de-cheiro (Saimiri sciureus), sempre em grupo ou com os pais carregando amorosamente os filhotes, saltando com agilidade pelos galhos das árvores e fazendo gracinhas nas grades do muro sempre foram atração à parte no Bosque – Jardim Botânico Rodrigues Alves, em Belém do Pará. Mas estão gravemente impactados por um mal ainda não identificado. Ontem, 3, oito deles foram encontrados mortos, e os outros estão apresentando alterações no comportamento: isolamento, aspecto abatido e lentidão. O caso está sob investigação pelo Centro de Controle de Zoonoses da Prefeitura de Belém e por especialistas da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra). Após a necrópsia, o laudo deverá ser exarado em até vinte dias. Entre as suspeitas constam raiva, febre amarela, infecção por fungos, vírus ou alimentar.

O biólogo do Bosque-Jardim Botânico, Tavison Guimarães, informou que a equipe está tentando capturar alguns dos sessenta macacos dessa espécie que vivem lá para um exame mais acurado, mas encontra dificuldades, porque eles se embrenham na mata. Ele, a veterinária Juliana Bittencourt e o diretor do Rodrigues Alves, Alexandre Mesquita, estão apreensivos porque é a primeira vez que há registro da morte de vários desses animais ao mesmo tempo.

O assistente administrativo Moisés Cunha fazia rondas de rotina pela manhã da sexta-feira quando encontrou os corpos de três macacos, perto do muro do Bosque que fica ao lado da parada de ônibus da Av. Almirante Barroso com a Trav. Lomas Valentinas. No mesmo dia, por volta das 12h, em nova ronda, Moisés estava junto com a equipe quando, em outro local, foram encontrados mais três macacos mortos. E próximos ao muro na esquina da travessa Perebebuí com a Av. Almirante Barroso mais dois foram encontrados mortos, totalizando oito perdas.

Os macaquinhos de cheiro são primatas amazônicos de hábitos diurnos e exclusivamente arborícolas, gostam de comer frutas, cereais, vegetais e alguns insetos. Em média têm 30 cm de comprimento e pesam pouco mais de meio quilo. Têm comportamento alegre e andam sempre em grupos, que podem chegar a até de quinhentos indivíduos.

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