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À unanimidade de votos, os desembargadores votaram pela abertura de Processo Administrativo Disciplinar em desfavor do polêmico juiz Leonel Figueiredo Cavalcante, a fim de apurar denúncias de assédio moral contra servidor na Comarca de Cachoeira do Arari, no arquipélago do Marajó, onde está lotado, além de prática de improbidade administrativa. No mesmo feito, por maioria de votos, ficou decidido que o juiz não será afastado durante a fase de apuração do PAD. O desembargador José Roberto Bezerra Júnior foi o sorteado para presidir o processo. A decisão foi tomada na sessão ordinária do Pleno do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, sob a presidência da desembargadora Célia Regina de Lima Pinheiro, na quarta-feira passada, dia 25.

De atuação controversa, denunciado em várias ocasiões por entidades de defesa dos direitos humanos, o juiz Leonel Figueiredo Cavalcanti já protagonizou fatos inacreditáveis e é famoso no meio forense. Quando era titular da Vara de São Felix do Xingu (PA), foi agredido com dois golpes de pá de construção por um doente mental e reagiu disparando dois tiros na pessoa. Na época em que atuava na comarca de Chaves, também no Marajó, foi acusado pelo lavrador Ademil Assunção dos Santos de tê-lo agredido fisicamente, aplicar-lhe uma “gravata” até que desmaiasse, algemá-lo e de ainda determinar sua prisão. Em Chaves, ainda no mesmo arquipélago, mandou prender uma mulher grávida, que ficou durante três dias na mesma cela da delegacia com seis homens, porque não quis dizer onde estava o marido dela, investigado pela polícia por suposta tentativa de homicídio. Já em Cachoeira do Arari, ele suspendeu o expediente no Fórum por ter sido avistada uma cobra, que ele intuiu ser uma jararaca. Mas, conforme vídeos dos servidores, que logo encontraram o animal, era apenas uma cobra d’água.

Uruá-Tapera

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